Síndico de condomínio assume o ônus de conviver com críticas, decide JEC-SP

MICROPOLÍTICA NO PRÉDIO

Quando a crítica não ultrapassa os limites da liberdade de expressão, não se vislumbra ofensa ao direito de personalidade. Assim, a 2ª Vara do Juizado Especial Cível de São Paulo julgou improcedente pedido de danos morais por ofensas a honra.

A ação foi proposta pela síndica de um condomínio contra outra moradora do edifício. A autora alegou que a ré fazia declarações recorrentes contra sua imagem e honra, perante todo o condomínio, além de questionar sua integridade. Requereu a indenização por danos morais.

Na sentença, o juiz Fabio In Suk Chang considerou que as postagens da ré, tidas por ofensivas, apenas refletem opiniões pessoais a respeito de eventos da vida condominial, com poucas colocações diretas sobre a autora.

Dessa forma, para o magistrado, não há que se falar que as impressões a respeito da gestão da autora violam seu direito a personalidade. Segundo ele, mesmo que as opiniões veiculadas sejam negativas e infundadas, não é possível afastar o direito constitucional de liberdade de expressão, de acordo com precedentes do Tribunal de Justiça de São Paulo citados.

Além disso, Chang acolheu o argumento da ré de que aquele que se dispõe a ser síndico deve assumir o ônus de conviver com fiscalização e críticas, pois tal diretiva aplica-se a todos que exercem função de mandatários, seja no âmbito político, seja no de um condomínio. A defesa da ré foi feita pelo advogado Ricardo Amin Abrahão Nacle.

1008234-08.2020.8.26.0016

Fonte: Conjur

Conflitos em condomínios crescem 400% após pandemia: veja dez problemas típicos

A pandemia do novo coronavírus chegou ao Brasil em março do ano passado, impondo o isolamento social. À medida que escolas e ambientes de trabalho, em geral, foram esvaziados, os brasileiros estiveram mais do que nunca dentro de suas casas. Ironicamente, para quem vive em prédios, a convivência com os vizinhos aumentou. Os problemas, portanto, foram intensificados. Na Equilibre Gestão de Conflitos, uma câmara de mediação e arbitragem que atua para famílias, empresas e condomínios, a procura por parte dos edifícios cresceu 400% no período.

— Na pandemia, o nível de estresse e intolerância, principalmente por conta do barulho de vizinhos, está batendo todos os recordes .Contra ânimos exaltados, as ferramentas adequadas são um bom diálogo e técnica. A mediação é a nossa proposta para resolver esses conflitos sem que a pessoa precise brigar na Justiça — afirma a mediadora privada e judicial Ana Esteves Kaiuca, também diretora da Equilibre Gestão de Conflitos.

Professor no Sindicato de Habitação (Secovi Rio) e síndico profissional, Fernando Santos divide em dois momentos o impacto da pandemia nos conflitos condominiais. Nos primeiros meses, ele conta, houve muita discussão sobre o que fazer com as obras já em andamento.

— Primeiramente, houve pânico de não saber como lidar com os vírus e as precauções que eram necessárias. As obras tiveram que parar, de forma geral. Mas ao mesmo tempo em que ninguém queria estranhos circulando nos prédios, havia impasses, pois tinha gente fazendo reforma para se mudar ou trabalhos que não podiam ser interrompidos, como impermeabilização. E ninguém tinha noção do quanto isso ia durar — explica ele, que atuou por diversas vezes na mediação de interesses envolvidos nesses trabalhos: — Passados três a seis meses, os principais problemas já eram os distúrbios relacionados a home office.

Segundo ele, antes da pandemia, a comunidade não estava habituada a lidar com o trabalho dentro de casa:

— As obras são incômodas neste sentido, porque geram barulho. Por isso, em prédios comerciais, as intervenções são feitas no turno da noite. Mas, nos prédios residenciais, não há essa alternativa, já que neste período os moradores dormem.

Além dos conflitos por obras, o EXTRA listou, com a ajuda de especialistas, outros nove problemas que mais apareceram nos livros de registros e em grupos de WhatsApp de moradores (confira a lista abaixo). As situações pediram muito jogo de cintura dos síndicos e dos administradores de imóveis, que lotaram turmas da Equilibre Gestão de Conflitos, segundo a diretora Ana Esteves Kaiuca:

— A gente nem tinha turmas de mediação condominial. Nosso foco era capacitações para profissionais de organizações e empresas. Mas quando os problemas aumentaram, criamos cursos e workshops para este universo, que ficaram cheios. Muitas pessoas também entraram no ramo na pandemia, pois viram oportunidades.

O que fazer diante de um incômodo

Mesmo conflitos que ocorriam antes da pandemia, como sapatos deixados no hall, viraram incômodos maiores nestes tempos. Crianças dentro de casa, parentes doentes e até desemprego e salário reduzido são fatores que mexem com o psicológico dos moradores e dificultam uma simples e boa conversa entre as partes envolvidas. Esta, aliás, deve ser a primeira medida adotada diante de um problema, aponta o síndico Fernando Santos.

— O ideal é que os vizinhos se falem e resolvam entre si as questões. Contem, por exemplo, para um vizinho que estiver fazendo obra, se tiverem uma reunião importante em determinado dia e horário. É difícil impôr uma regra geral nos prédios agora, pois são muitos contextos diferentes. A mediação de conflitos tem sido muito ponto a ponto. E a atuação do síndico está em estimular que as pessoas se falem com um grau de civilidade adequada e um ter compreensão com o outro.

Diante da reincidência dos problemas, síndicos podem emitir circulares para os moradores, a fim de conscientizar o coletivo. Multas e sanções a serem aplicadas dependem das convenções de condomínios e decisões de assembleias.

Ação na Justiça exige que se prove alegação

Na hora da raiva, é comum vir a ideia de levar logo o caso à Justiça para resolver a contenda. No entanto, tal saída nunca é a melhor no primeiro momento, garante a advogada Mariana Freitas de Souza. Os motivos principais para isso são três: processos são demorados, custam muito dinheiro e não quer dizer que a decisão vai ser favorável ao autor da ação. Além disso, há um fator complicador: é necessário provar ao tribunal a alegação de que o vizinho está errado.

— Se o problema é o som de uma festa, por exemplo, a pessoa vai precisar comprovar que o barulho é mais alto do que o permitido. Isso exige perícia técnica enquanto o ruído é produzido. Ou seja, é impossível, porque até a ação ser ajuizada, e o perito ser chamado, a festa acabou — exemplifica: — E esses são os casos que mais vão parar na Justiça.

A opção mais indicada para pôr fim do conflito é a mediação, cujo resultado é um acordo entre as partes. Com a ajuda do mediador, dá para chegar a uma solução consensual em horas ou poucos dias.

— Os vizinhos podem procurar um mediador que trabalhe por conta própria ou seja vinculado a uma câmara de mediação — orienta Mariana, especialista no assunto.

 

Fonte: Extra

Síndico profissional

Síndico profissional – Pandemia faz crescer demanda. Veja por quê

Não é possível mensurar em números, mas a pandemia fez crescer a demanda pela contratação de síndicos profissionais nos condomínios residenciais, é o que afirmam especialistas no assunto ouvidos por A TARDE.

No centro da causa, sete meses de confinamento, vizinhos com ânimos acirrados, muitos conflitos para gerenciar e morador que fazia as vezes de administrador pedindo para deixar o cargo.

Síndica profissional especialista em implantação de condomínio e gestão de contratos, Linda Carvalho conta que (entre os moradores) “ninguém quer mais ser síndico” e que, só em outubro, já conta com três solicitações de orçamento para prestação dos serviços. “Antigamente, síndico era aquele condômino aposentado, que podia colaborar. Hoje, exige conhecimento, trabalho, tempo e dedicação”.

Há cerca de um mês, Linda fechou contrato para administrar mais um condomínio, o quarto de sua carteira. Segundo ela, ainda faltava um ano para a gestão do síndico-condômino terminar, “mas, por conta de suas obrigações pessoais, trabalho, profissão, ele não estava mais conseguindo conciliar as atividades. Foi aí que decidiram pela contratação de um profissional. E essa procura tem sido grande”, diz.

“A dificuldade em se eleger um síndico morador está cada vez maior, porque para uma pessoa que não vive profissionalmente desse trabalho, que tem suas obrigações pessoais, falta tempo para ele dedicar ao condomínio a atenção que exige. Já o síndico profissional, como o nome diz, vai exercer a função de forma muito mais assertiva. Hoje, quando esse tipo de discussão chega à assembleia, ela é logo aprovada”.

Depois de trabalhar dez anos como síndica de um residencial, a administradora Fátima Nascimento resolveu, em 2018, abrir a própria empresa de gestão condominial.

Atualmente com quatro clientes – três residenciais e um empresarial – e dois colaboradores, Fátima destaca que “hoje condomínio deixou de ser condomínio e se tornou empresa”, exigindo do síndico “habilidades específicas”.

Segundo Fátima, na pandemia foi “comum ver gente assumindo a função de síndico e desistindo logo em seguida, principalmente pela questão da gestão de conflito”. “Porque agora na pandemia foi o que mais houve. Nesse período, por exemplo, recebi ligação das 6h30 da manhã até a meia-noite, diariamente, de condômino fazendo queixa, pedindo solução para a reclamação”.

“Do latido do cachorro do vizinho à obra de reforma fora do horário estipulado, passando pelo volume das lives que, muitas vezes, iam até mais tarde. Teve morador discutindo com funcionário, funcionário pedindo desligamento. Ou porque não houve coleta de lixo no horário acertado, ou porque tocaram na campainha muito forte. Motivos pequenos, mas que ganharam outra dimensão na pandemia”.

“E morador nenhum quer ter de administrar o seu próprio estresse, porque estamos todos vivendo o mesmo momento, e ainda ter de apaziguar os ânimos dos vizinhos, lidar com tudo isso. Pelo contrário”.

Fátima lembra ainda que, por conta da própria crise, outro “movimento” que aconteceu nos últimos meses foi de condomínio “trocando de empresa de gestão condominial grande por pequena”.

Seja buscando um “atendimento mais personalizado”, ou mesmo de forma a rever custos, conta Fátima, que conseguiu um novo contrato no início da pandemia, mas fez “várias consultorias nesse período”.

Para o presidente do Sindicato da Habitação na Bahia (Secovi), Kelsor Fernandes, de uma forma geral, a pandemia mexeu com o setor no sentido de que os condomínios precisaram se adaptar muito rapidamente às transformações, agravando alguns “problemas de convívio”, e minando a resistência de alguns. Mas fala que o morador-síndico “com pouco mais habilidade também conseguiu tocar o barco”.

‘Discutido e planejado’

Ainda de acordo com Fernandes, é preciso lembrar, contudo, que mudança de empresa de administração condominial “grande por pequena”; contratação do chamado serviço de portaria remota, entre outros dispositivos no intuito de reduzir as despesas de um residencial, tudo isso precisa ser amplamente discutido e planejado, “pois nem sempre representa economia de custo, quando não um gasto maior lá na frente”.

“As mudanças precisam ser bem pensadas, é preciso reunir o máximo de informação de determinado serviço, sob o risco de desvalorização do imóvel. Quando alguém chega para comprar um apartamento, ele vai olhar o imóvel, suas instalações, mas também a infraestrutura do lugar, a segurança, etc.”.

Responsável pela gestão de “mais de 200 condomínios, 60% deles residenciais, o sócio-diretor na Brandão & Sá, empresa de consultoria contábil e administração condominial, André Pimentel Sá afirma que foi “notória a procura por síndico profissional” agora na pandemia, até mesmo o serviço de auditoria do trabalho desenvolvido por eles.

“Dá muito mais tranquilidade para os moradores (contar com trabalho de um síndico especialista), diminui o estresse. Ao passo que aumenta a necessidade de acompanhar mais de perto o trabalho realizado pelos profissionais”, afirma.

Fonte: http://atarde.uol.com.br

 

Zona Sul realiza entregas com drones e robôs

Em parceria com a Ambev e com a startup carioca MyView, a rede de supermercados realizou sua primeira entrega via drone

Há alguns anos, seria impossível imaginar fazer compras pela internet e receber em casa por meio de drones e robôs, porém hoje isso já começa a fazer parte da realidade. Em parceria com a Ambev e com a startup carioca MyView, a rede de supermercados fluminense Zona Sul, realizou sua primeira entrega via drones, como teste inicial do projeto chamado Zona Sul + Rápido.

Em menos de 30 minutos, toda a operação aconteceu na loja do Zona Sul da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. O pedido foi transportado de forma automatizada pelo drone aéreo MVD4-02, desenvolvido pela MyView, até dentro do condomínio Santa Mônica Jardins, no mesmo bairro. Depois, os produtos foram embarcados no drone terrestre MVD4 Ground 01, que completou a entrega na porta do morador, de forma autônoma, com monitoramento via 4G à distância. O voo foi realizado dentro da legislação vigente dos órgãos competentes (ANAC, DECEA e ANATEL).

“Provamos nessa operação que as entregas aéreas são possíveis com nosso equipamento e software em desenvolvimento, em voos de curta distância, com linha de visada. Com isso, podemos evoluir para uma próxima fase”, afirmou Luiz Paulo Cavedagne, COO da MyView , em nota, reforçando que seus drones terrestres já estão prontos para serem escalados de forma comercial.

Apesar do teste do drone aéreo ter sido positivo, inicialmente somente o drone terrestre (robô) será utilizado para transportar pedidos no Zona Sul Santa Mônica, na Barra, o que ocorrerá a partir do dia 30 de novembro. Os pedidos dessa modalidade de entregas deverão ter no máximo cinco volumes e ser realizados pelos canais de atendimento do supermercado. A entrega será integrada por dois modais: Robôs D4, que funcionam de forma automatizada, e agentes com patinetes elétricos.

Após o pedido ser realizado, o produto será embarcado no robô D4, fazendo o trajeto pelas calçadas, que deixará o produto próximo aos condomínios que serão atendidos inicialmente pelo projeto. Os produtos serão entregues aos Agentes Zona Sul D4, que finalizarão as entregas nas portas dos moradores, utilizando patinetes elétricos. Com previsão de lançamento em novembro, o serviço estará disponível, em um primeiro momento, em algumas lojas selecionadas da rede e terá 90 dias de testes.

“O projeto de entregas via drone faz parte de nosso olhar para o futuro, que é tão latente na empresa. A loja Santa Mônica foi pensada para ser sustentável e tecnológica: tem painéis solares, plantação de bananeiras, estação de carregador de carro elétrico, reaproveitamento da água de chuva e outras implementações, e agora recebe essa nova forma de consumo para o cliente”, comentou Renata Leta, diretora de marketing do Zona Sul, em nota.

Fonte: Meio e Mensagem

Alok vai iluminar o céu de BH nesta quinta (5); saiba onde será o show de luzes

O DJ Alok usou o Facebook ontem (29) para confirmar que trará até Belo Horizonte um show de luzes laser. A iniciativa é uma espécie de “aquecimento” para a live de fim de ano que o artista fará em 5 de dezembro. 

Além da capital mineira, outras oito cidades receberão o mesmo show. Segundo Alok, a escolha foi baseada em sugestões dadas por fãs. As cidades são: Brasília, Porto Alegre, Florianópolis, Rio de Janeiro, Goiânia, Salvador, Recife e Manaus.

“Para iluminar o caminho de um novo ciclo que se aproxima, escolhi 9 cidades (com a ajuda de vocês) que se conectarão simbolicamente através de um laser aquecendo o nosso encontro até 5 de dezembro, dia da nossa live especial de fim de ano”.

Confira as cidades que serão iluminadas:

1/11 PORTO ALEGRE 
2/11 FLORIANÓPOLIS 
4/11 RIO DE JANEIRO 
5/11 BELO HORIZONTE 
7/11 BRASÍLIA 
8/11 GOIÂNIA 
10/11 SALVADOR 
12/11 RECIFE 
14/11 MANAUS 

Fonte: BHAZ

 
 
 

 

Saúde mental no condomínio & A gestão do síndico

Escrito por  Rosali Figueiredo

As queixas contra vizinhos nos condomínios aumentaram com o isolamento social adotado para o controle da pandemia do novo Coronavírus.

Se antes da pandemia o condomínio já era um ambiente potencialmente conflitivo, pelo convívio próximo de muitas pessoas, na quarentena os problemas se exacerbaram, com o aumento da intolerância entre os vizinhos. O que os síndicos podem fazer para acalmar os ânimos?

Especialistas apontam um crescimento do sentimento de angústia nas pessoas, impulsionado pelo trabalho no home office em condições nem sempre favoráveis, pelas incertezas econômicas e de saúde dos familiares, e pela ampliação da demanda doméstica (apoio às aulas on-line dos filhos, preparo da alimentação, limpeza etc.). A pesquisa Pnad Covid-19 do IBGE revelou que o Brasil atingiu, em julho de 2020, 8,4 milhões de trabalhadores remotos, 4,9 milhões no Sudeste. Em 2018, havia 3,8 milhões de pessoas no home office em todo País, segundo o IBGE.

Quais os reflexos disso no convívio e na gestão do condomínio?

“Tem gente ouvindo ‘barulhos’, vendo ‘coisas’ que não existem, pegando no pé de quem passa pela frente. Tem gente que fica contando quantas vezes o vizinho vai passear com o cachorro na rua, que não tolera um furo para se instalar um quadro na parede, não suporta uma gargalhada no apartamento ao lado. Tem gente que reclama da conta de água e gás, mas não se dá conta que toda a família está em casa 24 horas!!”

O relato acima, de um síndico que pediu anonimato, descreve o cenário atual e explica o aumento de 200% nas notificações extrajudiciais feitas por moradores de prédios em São Paulo por causa de barulho, obras, discussões e falta de uso de máscaras nas áreas comuns, entre os meses de março e julho de 2020, de acordo com a AABIC (Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo).

Chutes em portas e parede

“Com a pandemia, temos dedicado muito mais tempo para dialogar com morador” (Síndica Eliana Maria Cuquerave)

A síndica Eliana Maria Cuquerave, moradora do Condomínio Parque Residencial Ourives, no Jardim Celeste, zona Sul da cidade, exemplifica este quadro com o caso de um morador que, na quarentena, começou a “chutar portas e parede” dentro de seu apartamento. Mas não foi preciso notificar nem multar. Bastou a conversa amigável com familiares próximos do condômino e uma visita à sua unidade para contornar a crise. “Sossegou, parou o barulho”, afirma.

Segundo Eliana, a pandemia elevou a temperatura nos relacionamentos, resultando em mais intolerância. “Temos dedicado muito mais tempo para dialogar com morador”, observa. Neste residencial de seis torres e 312 unidades, as reclamações são trabalhadas inicialmente com o diálogo, na tentativa de que as partes se coloquem na posição da outra, “caso contrário não há como se entender”. Outras medidas procuram minimizar as tensões. Desde julho o condomínio promove aulas de ginástica para os moradores na quadra externa, “o que tem ajudado a aliviar o estresse todo”.

Escuta & Acolhimento

“A postura de empatia, de se preocupar com o outro, cria um ambiente mais harmônico, saudável e solidário” (Síndica Guiomar Courtadon, psicóloga que atua com mediação de conflitos)

“Os conflitos fazem parte da natureza humana, o que faz diferença é a maneira como lidamos com eles. Quando bem manejados, podem levar a aprendizados, estimular a criatividade. Porém, se o gestor não tiver traquejo, poderá sofrer danos emocionais e até consequências jurídicas”, observa Guiomar Courtadon, psicóloga que atua com mediação de conflitos e síndica do Condominio Genoveva Jaffet há nove anos. Segundo Guiomar, a pandemia aumentou os desafios, “porque estamos em um momento de luto, houve perdas de vidas, de sonhos, afetivas (muito tempo sem se ver pessoas queridas), financeiras”. “Então, o síndico precisa ver esse momento como difícil para todos. As pessoas acabam depressivas, com irritabilidade, e o convívio muito próximo dentro de casa dificulta ainda mais.”

Além de apostar no diálogo, é preciso que os gestores saibam impor limites, exigir respeito à sua pessoa e evitar entrar na emoção alheia, pontua. “Tomo muito cuidado na hora de colocar as palavras e exijo isso do interlocutor, assim, recebo muito respeito. Imponho esse limite”, ilustra. E, “quando o morador vem reclamar do barulho e chega nervoso, irritado, com uma fala carregada de emoção e angústia, procuro escutar o desabafo sem julgá-lo”. “Depois vou buscar informações para entender o que ocorreu e adotar as medidas necessárias.”

No Condomínio Genoveva Jaffet, prédio de 54 unidades localizado no bairro do Paraíso, centro expandido de São Paulo, prevalecem a escuta e a acolhida, destaca a síndica. “É um relacionamento que conquistamos ao longo do tempo entre os moradores, gestores e funcionários.” Na fase mais restritiva da quarentena, Guiomar diz que conversou individualmente com cada morador, para verificar se havia alguém com dificuldade financeira que demandasse negociação para o pagamento do condomínio, ao mesmo tempo em que condôminos se dispuseram a ajudar os vizinhos: Uma médica ofereceu consultas on-line gratuitas; moradores começaram a fazer compras para pessoas do grupo de risco; um condômino produziu um protótipo, com impressora 3D, para abertura das portas dos elevadores sem necessidade de acioná-las com as mãos. “A postura de empatia, de se preocupar com o outro, cria um ambiente mais harmônico, saudável e solidário”, arremata Guiomar.

Fonte: Revista Direcional Condomínios

 

Conheça os 6 C’s das confusões dentro dos condomínios

Mesmo para as pessoas que não moram em condomínios, sempre existem aqueles que acabam tendo problemas com os vizinhos. Mas você já ouviu falar nos 6 C’s dos conflitos em condomínio?

Não é nada fácil manter uma boa convivência nos condomínios, afinal, cada morador possui  suas vontades, rotinas e hábitos, e isso acaba tornando mais difícil ainda. Os 6C’s são conhecidos por todas as palavras começarem com a letra C: Controle de acesso, Carro, Cachorro, Criança e Calote.

Analisando a vida dos condôminos e síndicos, os especialistas chegaram à conclusão que essas palavras estão relacionadas com situações que acontecem no dia-a-dia, entre moradores e até mesmo com os funcionários dos condomínios, se observar mais a funda essas palavras chaves e como elas interferem no âmbito condominial, é possível que ajude a melhorar a convivência dentro dos condomínios.

Controle de acesso

O condomínio na maioria das vezes é procurado por conta da segurança que ele oferece, portanto, um sistema de controle de acesso eficiente é essencial para qualquer empreendimento. Ele precisa atuar desde a entrada e saída de de condôminos, visitantes, funcionários, prestadores de serviços e veículos; até no controle e no monitoramento de todo o condomínio e o que acontece dentro e ao redor dele.

Se esse serviço for automatizado, atualizado e com boas tecnologias é uma garantia a mais que o condomínio e os seus moradores estão mais seguros, já que as entradas e saídas ficam registradas em centrais, e dessa forma é possível saber quem permitiu o acesso dos visitantes e prestadores de serviços e se acontecer algum problema, fica mais fácil encontrar o responsável.

Carro

Essa palavra está relacionada aos conflitos por conta de problemas nos estacionamentos dos condomínios, como por exemplo, arranhões na lataria, batidas em carros de moradores, ou até mesmo o fato de utilizarem as vagas de garagem dos vizinhos sem a permissão. E aí acaba sobrando para o síndico ter que mediar esses tipos de conflitos.

Para solucionar essas confusões com os carros, o condomínio pode ver a possibilidade de contratar manobristas, terceirizar o estacionamento, e em último caso, se preciso for, fazer o redesenho das vagas de garagem.

Possuir um sistema de monitoramento, câmeras de vigilância, para identificar os autores dos danos nos veículos, e assim puni-los, podem ajudar a melhorar a segurança e diminuir os conflitos relacionados ao assunto carro.

Cachorros

O problema animal doméstico no condomínio são motivos das maiores polêmicas que poderia existir dentro desses empreendimentos. Muitas das reclamações são por conta dos barulhos dos latidos, ou a sujeira, e até mesmo a segurança (isso no caso dos animais mais agressivos).

Para o síndico amenizar ou até controlar esses conflitos é recomendado que faça cumprir as regras do Regimento Interno. Caso necessário, especifique regras pra o uso do elevador, entrada na garagem, circulação pelas áreas comuns, e o uso da focinheira.

Se o condômino responsável pelo pet não obedecer às regras, ele deverá sofrer as devidas punições. Em casos mais extremos, o mesmo poderá até ser expulso do condomínio.

Neste caso, a instalação de câmeras de segurança também ajuda identificar os moradores que insistem em infringir as regras.

Cano

Os vazamentos não ficam de fora das listas dos conflitos, pois também causam dores de cabeças. No caso dos empreendimentos mais antigos, quando o encanamento pode apresentar falhas, que geralmente acabam demorando para serem descobertas, a situação de conflito por esse motivo é mais fácil de acontecer.

Mas para evitar esse tipo de problema, o síndico precisa estar atento aos prazos da manutenção preventiva, é assim evitar despesas extras. Lembrando que a responsabilidade do síndico em prevenir e reparar danos fica restrito somente às áreas comuns. Porta to, se o vazamento estiver numa unidade, cabe ao condômino providenciar o conserto.

Criança

Criança em condomínio é muito comum, ainda mais solta pelas áreas comuns. Desse modo, também acabam aprontando, principalmente quando se juntam. Tocam campainhas nas unidades, correm pelas escadarias, sobem e descem pelos elevadores sem parar, fora as bicicletas e skates que ficam espalhadas em determinados lugares que não deveriam.

Mas muita calma nessa hora. As câmeras de monitoramento também ajudam nessa situação, já que é possível identificar de qual unidade a criança desobediente pertence, assim, o síndico poderá conversar com os pais ou responsáveis para que estejam cientes das travessuras da criançada.

A recomendação é que crie áreas destinadas ao lazer das crianças, não importa se forem espaços adaptados, o importante é ter um espaço para eles se divertirem sem prejudicar o condomínio.

Calote

E por último, não menos importante, o calote. O condômino passa a ser inadimplente quando não consegue pagar a cota condominial em dia. Mas a maioria dos síndicos só consideram realmente atraso quando o atraso passa de uma parcela.

De todo modo, esse é um problema que também acaba afetando o restante dos moradores, tendo em vista que que prejudica o caixa do condomínio. O Código Civil prevê uma

Multa de 2% e juros de até 1% ao mês para os valores que tiverem em atraso. O restante do percentual mensal acaba variando de acordo com a Convenção de casa condomínio.

Mas vale lembrar que com a atualização do Código de Processo Civil, em 2016, as normas para cobrança ficaram mais severas, o que ajudou muito a vida dos síndicos na hora de diminuir a inadimplência dos condomínios.

E aí gostou de conhecer quais são os 6 C’s dos conflitos dentro dos condomínios? Se você ainda não sabia sobre essas dicas de como ajudar a amenizar esses problemas, aproveite para colocá-lo em prática dentro do seu condomínio.

Fonte: Síndico Legal

Dia das crianças: Que tal a ajuda de um síndico mirim?

Surge nos condomínios mais uma figura que muito tem a agregar à vida condominial: o síndico mirim. Saiba o que ele faz, como pode ser eleito e com que frequência.

O objetivo de eleger um síndico mirim para o condomínio é contar com uma contribuição importante, formar líderes para o futuro e despertar já na infância o senso de viver e conviver em comunidade.

Se você pensar bem, faz todo sentido contar com alguém que ajude na gestão e possa propor melhorias à administração se considerarmos o número de crianças em condomínio que aproveitam as áreas comuns, brincando e interagindo com os demais condôminos e com o próprio síndico.

É mais um para cuidar do que é de todos.

Qual é o papel do síndico mirim no condomínio?

Ele pode ser uma criança ou um adolescente.

O síndico mirim tem como principal atribuição ajudar a cuidar do patrimônio e a desenvolver o espírito de coletividade e o compartilhamento pacífico de espaços e equipamentos. 

Nos condomínios que já adotaram a ideia, o tempo de gestão do síndico mirim é de dois a três meses.

Assim, não prejudica as demais atividades da criança e abre possibilidade para que todos os moradores interessados na função possam ter a experiência.

Seu instrumento de trabalho? Um caderno, para que ele possa ir anotando as ocorrências do dia a dia do condomínio.

O síndico mirim deve, ainda, observar o comportamento dos colegas e, caso alguma criança esteja infringindo alguma regra, ele somente registra, mostra para o síndico e juntos tomam uma decisão.

Se for o caso, conversam com os pais e se a falta for mais grave, quem a cometeu não pode ser candidato na próxima eleição a síndico mirim.

Importante destacar que diferentemente do síndico titular, o mirim não exerce as funções burocráticas e administrativas do condomínio.

O papel do síndico mirim é, ainda, ouvir e propor melhorias para as atividades realizadas nos horários de lazer e ajudar a conscientizar adultos e crianças sobre a preservação dos bens comuns.

É fundamental que as propostas sejam avaliadas e levadas às assembleias quando necessário.

Caso isto não seja feito, além de desestimular a criança envolvida, o projeto acabará se perdendo.

Ideias do síndico mirim são colocadas em prática e agradam

A prática de eleger um síndico mirim para o condomínio vem sendo adotada com bons resultados.

Quer ver alguns exemplos de procedimentos adotados graças às sugestões levadas por um síndico mirim?

  • Uma ideia implementada num condomínio do Distrito Federal foi trocar as lâmpadas comuns por luzes de LED com o objetivo de economizar energia;
  • Em São Paulo, foram placas educativas sobre o combate à dengue num prédio com mais de 80 apartamentos;
  • No Rio de Janeiro, foi montada uma brinquedoteca em condomínio.
  • Em Joinville, o horário de uso da piscina foi estendido por duas horas durante o verão. Assim, todos em idade escolar podem aproveitar mais as férias no condomínio.

Quem pode participar da eleição a síndico mirim?

Cada condomínio pode estabelecer suas próprias regras. Porém, recomenda-se que os candidatos à função tenham entre 7 a 15 anos e residam no condomínio pelo menos há 6 meses, para já estarem por dentro do funcionamento do condomínio.

No dia da eleição, os nomes de todos os candidatos são colocados e 3 são sorteadas. Depois, as demais crianças votam em um dos 3 nomes e quem for mais votado é o eleito.

Fonte: TudoCondo

Procura por imóveis maiores e mais confortáveis cresce durante pandemia

Plataforma digital que negocia imóveis mostra que o número de pessoas em busca por imóveis com quatro quartos aumentou 58%; por três quartos, 9%.

A pandemia do coronavírus transferiu o local de trabalho de muitos brasileiros para dentro de casa e isso mexeu com o mercado de imóveis.

A Alice foi quem mais gostou da novidade. Um quintal todinho para ela e para a cachorrinha Frida. A família se mudou para cá há dois meses. Com o trabalho em home office, o apartamento onde moravam ficou pequeno.

“Era um lugar que a gente ia para dormir, basicamente. Então vai deixando, vai deixando e aí, na quarentena, por ficar 24 horas dentro do apartamento, várias coisas começaram a incomodar muito”, conta Aline Faber Hassi, publicitária.

E, como a Aline, muita gente também resolveu mudar de casa.

Antes, quem procurava imóvel para alugar queria ficar perto de comércio, da escola, do trabalho ou de meios de transporte que facilitassem as idas e vindas. A pandemia mudou tudo isso. O trabalho e a escola vieram para dentro de casa. Ninguém precisa sair para fazer compras se não quiser. E a procura agora é por um lugar com mais espaço e conforto, ainda que distante dos grandes centros.

Uma plataforma digital que negocia imóveis em 30 cidades das maiores regiões metropolitanas do Brasil percebeu essa mudança. O número de pessoas em busca por imóveis com quatro quartos aumentou 58%; por três quartos, 9%. Já a procura pelos menores diminuiu. Para os de dois quartos caiu 22%, e para um quarto, despencou 37%.

“Eles não estão perdendo a atratividade. Existe ainda uma demanda muito grande. É que houve um reequilíbrio de forças. Passou a ser importante ter um espaço mais bem arrumado para você trabalhar em casa e até ter um lazer ali para você passar mais tempo em casa”, explica José Osse, diretor de Comunicação.

A pandemia trouxe outra mudança. Com a crise econômica, muitos inquilinos procuraram os proprietários para renegociar o valor do aluguel. Em São Paulo, por exemplo, mais da metade pediu renegociação de valores em julho, segundo o Sindicato da Habitação.

“Mais de 90% das renegociações foram amigáveis, sem precisar ir à Justiça. Houve um entendimento da gravidade do momento”, diz Basílio Jafet, presidente do Secovi-SP.

O empresário Felipe Oliveira precisou renegociar em abril o valor do aluguel. Conseguiu 30% de desconto por três meses. E reconheceu a ajuda que recebeu.

“Quando voltou, ele perguntou: ‘você quer mais? Mais alguns meses.’ A gente falou: ‘cara, não precisa’. As coisas estão voltando, também não é certo com você a gente continuar te penalizando, sendo que você me ajudou. Então, voltou ao normal. E praticamente o contrato está normal de novo”, conta.

Fonte: G1

Reclamações de perturbação do sossego crescem mais de 300% em condomínios de Juiz de Fora

Segundo apuração do MG1, foram registradas mais de 60 reclamações entre abril e agosto de 2020.

As reclamações de perturbação do sossego em condomínios de Juiz de Fora tiveram um aumento de mais de 300% desde o início da pandemia do coronavírus, de acordo com apuração do MG1.

A reportagem do jornal conseguiu os dados com a advogada Suely Ribeiro Prado, que administra 10 condomínios na cidade.

A análise da advogada aponta que entre abril e agosto de 2020, 62 reclamações de perturbação do sossego foram registradas junto aos condomínios. Durante o mesmo período em 2019, apenas 15 ocorrências foram registradas.

Em entrevista para o MG1, ela explicou, também, a diferença entre casos de perturbação do sossego e os chamados “barulhos de vida”. Segundo ela, atos como o uso de liquidificadores e aspiradores de pó fazem parte da segundo categoria.

A perturbação do sossego se caracteriza por barulhos contínuos e intermitentes, “como uma máquina de costura sendo usada o dia inteiro”.

O que fazer?

A advogada orienta que a população passe, primeiramente, a reclamação do barulho para o síndico do condomínio, para que o mesmo analise se o mesmo se trata de uma perturbação do sossego ou não.

“Sendo uma perturbação, nós notificamos a unidade para que ela cesse com esses barulhos. Se ocorrer a reincidência e, após notificada, a unidade permanecer incomodando os vizinhos, nós tomamos outras medidos, como a multa”, explicou.

FONTE: G1