Condomínio para idosos de Foz está com inscrições abertas

A Cohapar abriu inscrições para idosos residentes em Foz do Iguaçu que desejam morar em um novo condomínio que está sendo construído pelo Governo do Estado na cidade. O empreendimento, com 40 imóveis, conta com completa infraestrutura de saúde e lazer, espaços de convivência, além de atendimentos periódicos feitos por profissionais municipais.  

Com um investimento de R$ 4,2 milhões no projeto, todas as unidades habitacionais do conjunto serão adaptadas com um dormitório, sala, banheiro, cozinha e varanda. Os espaços comuns incluem uma praça de convivência, biblioteca, sala de informática, academia ao ar livre, horta comunitária, salão de festas e atividades.

Segundo a chefe do escritório regional da Cohapar, Lucilei Marchiori, as obras seguem mesmo durante a pandemia. “Atualmente a obra encontra-se com mais de 61% do andamento concluído e nesse momento estão sendo feitas as coberturas das residências”, afirma.

 

COMO PARTICIPAR

 

Podem participar do processo pessoas sozinhas ou casais com idade superior a 60 anos, com renda mensal de um a seis salários mínimos e que não possuam imóvel em sua propriedade. As inscrições para o processo seletivo devem ser feitas exclusivamente pelo site www.cohapar.pr.gov.br/cadastro.

“O acesso e o preenchimento das informações são fáceis e simples, mas em caso de dúvidas ou dificuldade, os pretendentes podem buscar o plantão telefônico da Cohapar”, explica Lucilei. “Assim que passar o período de pandemia, a Cohapar deve retomar também o atendimento presencialmente em Foz do Iguaçu, feito quinzenalmente, para auxiliar no cadastro”, diz a chefe do escritório da companhia na região.

O telefone é o (45) 3333-1100 e o atendimento é prestado de segunda à sexta-feira, das 13h às 17h.

 

O PROGRAMA

 

O novo condomínio para idosos em construção na cidade faz parte do programa Viver Mais Paraná. As unidades são cedidas por tempo indefinido aos moradores com a cobrança de um aluguel social no valor de 15% de um salário mínimo ao mês, que equivale atualmente a R$ 156,75.

O Viver Mais Paraná recebe investimentos do Tesouro estadual, além de contrapartidas da prefeitura, que incluem a doação do terreno e realização de acompanhamentos periódicos aos moradores nas áreas de saúde e assistência social.

Além de Foz do Iguaçu, a região Oeste também será contemplada com a construção de outro conjunto em Cascavel, cujo projeto está em fase avançada.



Saiba mais sobre o trabalho do Governo do Estado em:
http:///www.facebook.com/governoparana e www.pr.gov.br
Fonte: AEN.PR.GOV

A CASA DO FUTURO

De um lado, a tecnologia fica quase invisível e facilita a vida, mas vira algo onipresente. De outro, vem a reação de quem prefere se desconectar

Quem foi criança entre as décadas de 1960 e 80 cresceu com a ideia de que no futuro viveríamos como os Jetsons, a família dos desenhos animados criada pelo estúdio Hanna-Barbera. Mas ainda estamos longe de usar carros voadores, apesar de todo o avanço tecnológico visto até hoje.

O futuro ganhou outra forma, moldada pelo tráfego intenso de informações. “Nos próximos dez anos, a revolução digital será muito maior do que nas últimas três décadas. E isso vai influenciar o modo como nos relacionamos, viajamos, trabalhamos, nos entretemos e moramos”, afirma o arquiteto e pesquisador Guto Requena.

A arquitetura, o design de interiores e os jeitos de viver, claro, não poderiam ficar de fora dessa revolução. “À medida que os espaços diminuem, adaptabilidade e multifuncionalidade são fundamentais para pensar uma decoração contemporânea”, afirma Andrea Bisker, head da Stylus, uma empresa especializada em inovação e consultoria.

“Vamos assistir nos próximos dez anos a uma revolução digital muito maior do que a gente viu nas últimas três décadas. E isso vai influenciar o modo como nos relacionamos, viajamos, trabalhamos, nos entretemos e moramos”

O que vem por aí

E como essas novidades vão aterrissar na sua casa? Para descobrir a resposta, a reportagem de CASA CLAUDIA falou com experts, como Guto e Andrea, e conferiu as mais recentes pesquisas internacionais sobre o assunto.

Todos apontam para o avanço rápido dos dispositivos tecnológicos, provocando uma onda que impacta o comportamento e faz surgir novos movimentos e tribos, como os nômades. Desprendidos, porém conectados, eles conseguem se sentir em casa em qualquer lugar do globo.

“É a geração que não sonha em comprar um imóvel e se fixar porque prefere viajar pelo mundo. O nomadismo enfatiza que o ‘ter’ deixará de ser importante”, explica Iza Dezon, diretora da agência de estudos de tendências Peclers do Brasil.

Para esse grupo, ao desembarcar num novo lugar, o uso do smartphone ou do tablet para acessar as músicas e os filmes preferidos ou entrar em contato com as pessoas queridas rapidamente desperta o sentimento de lar, ainda que seja uma casa virtual.

Com os novos gadgets, que facilitam o dia a dia, surgem os robôs e assistentes pessoais. “Eles já podem ler notícias, buscar informações de trânsito, pedir pizza, chamar o encanador, fazer compras. Além de controlar todos os aparelhos domésticos, desde o micro-ondas até o ar-condicionado”, explica Andrea. E o melhor: é possível acioná-los à distância.

Mas o excesso de aparato tecnológico também gera reações contrárias e coloca em evidência a turma que deseja se desconectar e experimentar uma rotina mais analógica e, assim, se aproximar da natureza. Essas pessoas buscam uma ligação com o mundo real no que vem sendo chamada de casa-templo.

“As fronteiras entre a natureza, o exterior e a vida interior estão se tornando mais tênues porque os moradores querem trazer um clima zen para suas casas. Jardins internos estão em alta, especialmente para quem vive em grandes cidades”, explica Dewi Pinatih, editora sênior de design de produto na Stylus.

Na contramão dos que buscam refúgio, há os que valorizam a troca de experiências. Nessa pegada, uma das escolhas é pelo coliving. “A economia compartilhada, que já impacta várias indústrias, começa a deixar sua marca no universo imobiliário. Conforme os preços dos imóveis aumentam mais do que a renda dos consumidores, espaços de convívio e residências compartilhadas por vários moradores se tornam uma solução atraente, em especial para as novas gerações”, explica Andrea Bisker.

Nasce assim a casa pública, uma realidade mundo afora. O movimento oposto, entretanto, também existe. Cresce a quantidade de gente que prefere morar sozinha por opção. Esse grupo
passa longe do estigma de solidão e simplesmente quer ter a liberdade de fazer suas próprias escolhas no dia a dia. É o que os trend hunters batizaram independent singletowns.

Dentro do conceito de compartilhar ideias e experiências, os limites do que é considerado privado estão sendo revistos e quem ganha com isso é o espaço público. A Avenida Paulista e o Minhocão, em São Paulo, reservados exclusivamente aos pedestres nos fins de semana, são bons exemplos. Hoje, nos apropriamos das cidades e nos sentimos motivados a cuidar delas como se fossem nossa casa.

Em outros países, o fenômeno já vem acontecendo há algum tempo. No Brasil, no entanto,
é algo recente e será absorvido rapidamente pelas futuras gerações. “Em 1950, cerca de 30% da população global vivia em centros urbanos. O número cresceu para mais de 50% em 2014 e ainda deverá aumentar pelo menos mais 20% até 2050 (segundo um estudo das Nações Unidas de 2014). A procura por estilos de vida mais fluidos faz com que os espaços coletivos sejam valorizados e promovam um convívio saudável nas cidades”, conta Andrea.

“A procura por estilos de vida mais fluidos faz com que os espaços coletivos sejam valorizados e promovam um convívio saudável nas cidades”

Um novo layout

Se o comportamento humano evolui, é natural que a configuração dos ambientes da casa acompanhe essas transformações. “A maneira como construímos até hoje obedeceu a um modelo que separa os projetos em áreas social, íntima e de serviços. Só que agora, com os novos jeitos de morar, isso tende a acabar”, explica Guto.

Espaços quase ou totalmente integrados viraram regra, pois se adaptam à rotina acelerada da maioria das famílias. Enquanto no passado as conversas aconteciam de um jeito formal na sala de estar, hoje podem rolar durante o preparo do jantar, com a TV ligada.

De quebra, a integração da cozinha com o living facilitou a convivência e ainda elevou o ambiente ao status de estar. Apesar disso, há quem diga que ela pode sumir no futuro. “Talvez deixe de existir porque vamos viver em espaços compactos e não teremos mais a necessidade de preparar refeições, pois pediremos nossa comida pelo celular ou qualquer outro dispositivo ligado à internet”, diz o arquiteto e designer Tiago Curioni.

A crise imobiliária nas grandes metrópoles e a escassez de crédito para o financiamento influenciam na diminuição da metragem dos imóveis. Na mesma proporção, o preço do metro
quadrado aumenta. Por isso, temos acompanhado uma grande oferta de empreendimentos com medidas enxutíssimas – entre 10 e 20 m².

Assim, o mobiliário precisa ser repensado para se adequar a esse cenário e itens multiúso serão mais valorizados. “As peças acumularão funções, como a mesa de centro que vira mesa de jantar”, explica o designer Ronald Sasson.

Com as casas cada vez menores, cresce o interesse por espaços bem pensados e peças de design, que modulam tanto o conforto quanto o prazer de morar. Algo em que arquitetos, designers e criativos estão superfocados.

Nas reportagens a seguir, dissecamos todos esses temas e mostramos como vários aspectos desse novo jeito de viver já estão dentro das nossas casas.

“Talvez nossas cozinhas deixem de existir porque vamos viver em espaços compactos e não teremos mais a necessidade de preparar refeições. Pediremos comida pelo celular ou qualquer outro dispositivo ligado à internet”

Faria Lima esvazia, e empresas discutem como será o retorno

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os grandes e espelhados prédios de escritórios são uma espécie de símbolo da cidade de São Paulo. Mas esse ícone da capital está abandonado nesse momento em que os funcionários estão trabalhando de casa.

A quarentena para conter o avanço do coronavírus diminuiu o intenso vai e vem de regiões como a da av. Faria Lima (zona oeste de São Paulo), frequentemente caracterizada por abrigar 1% do PIB do país e ter um dos custos mais altos da cidade, com aluguéis negociados por R$ 150 a R$ 180 o m².

“Antes da pandemia a região apresentava taxas de vacância baixíssimas e valores de aluguéis com incremento real”, diz Claudia Baggio, sócia da consultoria Deloitte.

Com as medidas de isolamento, as empresas tiveram que se adequar ao novo cenário e a maioria precisou acelerar o processo que possibilita o home office.

“Algumas empresas já vinham adotando flexibilidade na jornada de trabalho, mas isso era visto como uma política de benefício pela qual uma ou duas vezes por semana permitiam que os empregados escolhessem se queriam fazer a jornada alguns dias de casa ou não”, diz Carol Marchi, sócia da área trabalhista do escritório de advocacia Machado Meyer.

Ela afirma que as empresas viam o home office mais como um benefício, sem haver uma discussão sobre possíveis custos com fornecimento de equipamentos como computadores, roteadores e cadeiras.

“Na reforma trabalhista também foi previsto um contrato chamado teletrabalho. A diferença é que o home office é uma flexibilização, enquanto o teletrabalho é um contrato com um acordo entre as partes. Começa a entrar a questão de custo, de controle de jornada”, diz a advogada.

Com a pandemia, o governo editou uma série de medidas provisórias que ajudaram a flexibilizar relações trabalhistas, incluindo o home office, mas com caráter emergencial.

Marchi diz que também havia uma desconfiança, por parte das empresas, sobre a viabilidade do trabalho em casa e um receio de que a produtividade caísse, mas que isso acabou com a experiência vivida neste momento.

“Tenho clientes que falam que estavam passando por uma política de home office muito gentil, e veio o coronavírus e transformou isso num parto. Mas que eles perceberam que está funcionando bem”, afirma. A advogada diz que já está redigindo contra- tos de home office para serem aplicados após a quarentena.

“O coronavírus serviu para mostrar a empresas que é possível sim ter trabalhadores fora do local de trabalho”, diz.

As experiências vividas em países da Ásia e da Europa, que foram acometidas pelo surto da doença primeiro, também serviram para que multinacionais com escritórios no Brasil conseguissem antecipar alguns passos.

É o caso da Kroll e da Duff & Phelps, multinacionais do mesmo grupo e que dividem o mesmo espaço físico. Medidas tomadas por escritórios das empresas em outros países funcionaram para ajudar na mudança para o home office dos funcionários brasileiros.

“A gente tomou a decisão em 12 de março, até pela experiência que outros escritórios internacionais estavam tendo”, afirma Alexandre Pierantoni, diretor-executivo da Duff & Phelps no Brasil.

Na Kroll, consultoria especializada em investigações corporativas e ciberseguranca, o esforço inicial foi para melhorar as condições de trabalho dos funcionários em casa.

“Mandamos equipamentos como as cadeiras que são próprias para passar o dia em frente ao computador e telas extras e fomos acompanhando o que estava acontecendo”, diz Fernanda Barroso, diretora-executiva de operações da empresa.

“Fazemos happy hour virtual e reunião duas vezes por semana. A empresa também está acompanhando o estado psicológico de cada funcionário via atendimento remoto com terapeutas”, afirma.

Outra preocupação foi com a carga de trabalho, que no caso da Kroll aumentou.

“As pessoas não têm mais o momento do deslocamento até o escritório. Você acorda e já vai trabalhar, e assim vai, sem respeitar horário de almoço, tendo videoconferências durante todo dia.”

Segundo Fernanda, a empresa contratou cinco novos funcionários na quarentena e pretende aumentar novamente o quadro neste mês.

Já na Duff & Phelps, que faz fusões e aquisições e avaliação de ativos, cada área foi adaptada de forma diferente. Em alguns casos, diz Pierantoni, a produtividade caiu um pouco.

“A maior parte dos meus projetos é de negociação e precisa do contato com o cliente. Hoje fico o dia inteiro em conference call. A produtividade acaba afetada”, afirma.

Dependendo da área, foram dadas férias a funcionários. “Em outros aumentou a demanda, precisamos contratar”, afirma o executivo.

O retorno do trabalho presencial nessas empresas já está programado para 20 dias depois do fim da quarentena.

“Será em pequenos grupos, para que a gente possa distribuir melhor as pessoas para terem menos contato. Vamos medir temperatura e aplicar oxímetro em todos. Também disponibilizaremos máscaras, álcool gel. E estamos fazendo uma higienização mais reforçada”, afirma Fernanda.

No coração da Faria Lima, as mesas do escritório de advocacia Machado Meyer também estão vazias.

Segundo Tito Amaral, sócio administrador, o escritório já havia iniciado um projeto piloto com 50 pessoas em home office, mas tudo ainda acontecia de maneira informal.

“Claro que existia a resistência com relação a produtividade. Mas essa experiência está mostrando que pessoas conseguem trabalhar de maneira eficiente e produtiva fora do escritório”, diz.

Para ele, o mundo ideal é um equilíbrio entre o trabalho de casa e o do escritório. “As pessoas querem ir ao trabalho, se ver, conversar. Inegavelmente houve uma quebra de paradigma. Mas gosto de ir para o escritório, me sinto produtivo, gosto do contato, de encontrar no cafezinho.”

O retorno, porém, é incerto. “Ainda há dúvidas. Talvez a gente tenha que conviver com algum nível de restrição. A questão é que quanto mais tempo demorar, mais os hábitos vão se arraigando. O que vai ser o novo normal? Ainda não sabemos”, diz.

Longe da Faria Lima, a Tim vive uma experiência parecida no Rio de Janeiro. Todos os seus 10 mil funcionários estão em home office. “A contingência do coronavírus obrigou a gente a fazer em alguns dias o que levaria dois ou três anos”, conta Maria Antonietta Russo, vice-presidente de Recursos Humanos da operadora.

Segundo ela, a experiência italiana da empresa ajudou a colocar o plano brasileiro em prática.

“Em fevereiro já tínhamos um plano de contingência, dividido por fases, de acordo com o contágio. Colocamos álcool gel em todos os prédios, limitamos viagens nacionais, bloqueamos as internacionais e disponibilizamos uso das salas de reuniões para manter o distanciamento social”, afirma.

A empresa já criou protocolos de segurança para o retorno, mas ainda não tem uma data. “Vamos esperar a desaceleração dos casos [de coronavírus no país]”, diz Russo.

Fonte: Gauchazh 

Inadimplência em SP

Mesmo com pandemia, número referente à locação cai

Inadimplência em locação de imóveis cai em março, mas Covid pode atrapalhar índice, diz AABIC

Taxa medida pela Associação chegou a 2,05% em março, ante percentual de 3,66% no mesmo período de 2019

A crise causada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19) não reverberou no índice de inadimplência dos contratos de locação de imóveis no Estado de São Paulo no mês março, quando o Governador decidiu impor o isolamento social como forma de conter o avanço da doença. Mas, o indicador está sob forte pressão e alerta monitorado em abril.

A avaliação é da Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (AABIC), com base no Índice Periódico de Mora e Inadimplência Locatícia (IPEMIL) medido pela entidade.

Em março, o índice de inadimplência registrou 2,05% ante percentual de 3,66% apurado em igual período de 2019. No consolidado do primeiro trimestre de 2019, o índice médio de inadimplência nos pagamentos de aluguel ficou em 1,32%, abaixo da média de 1,99% apontada no mesmo intervalo do ano passado.

A AABIC considera devedor inadimplente para cálculo do IPEMIL os inquilinos que atrasam o pagamento do aluguel por 90 dias após a data do vencimento. Ou seja, para ser considerado inadimplente no final do mês de março, o morador não pagou os boletos de janeiro, fevereiro e março. Os dados abrangem uma amostra de 19.119 imóveis.

Na avaliação da Associação, o baixo índice de inadimplência no fechamento do trimestre ainda refletia um cenário de acomodação nos valores dos contratos dos aluguéis nos últimos anos, influenciado pelo equilíbrio de oferta e demanda do mercado.

Para José Roberto Graiche Júnior, presidente da AABIC, há uma expectativa em relação aos impactos da crise nos próximos meses, sobretudo, diante da retomada gradual das atividades conforme planejamento do Governo Estadual, que será anunciado em maio.

No entanto, diz o executivo, as negociações feitas ou ainda em curso entre inquilinos e proprietários para revisão e desconto nos valores durante a pandemia podem conter o avanço da taxa de inadimplência e impedir a desocupação dos imóveis em alguns casos.

“Em um mercado autorregulado, inquilinos e proprietários se entendem, reforçando a tese que é desnecessária qualquer iniciativa de intervenção do poder público para reger preços de contratos de locação”, diz o presidente da AABIC, lembrando do PL n° 1179, do senador Antonio Anastasia, que previu e depois retirou do projeto um capítulo que garantia isenção total ou parcial dos aluguéis para locatários que comprovassem redução de renda ou de receita por força da crise do novo coronavírus.

Condomínio em dia

O levantamento da AABIC mostrou que a inadimplência nas taxas de condomínio também se manteve baixo em março, segundo o Índice Periódico de Mora e Inadimplência Condominial (IPEMIC). No encerramento de março, o índice ficou em 2,28%, ante percentual de 3% registrado no mesmo mês de 2019. É o menor patamar registrado no mês de março desde 2004, ano de início da pesquisa.

Na avaliação da AABIC, a baixa recorde do índice pode ser creditada ao melhor planejamento das famílias nos últimos anos, que já vinham adaptando seus gastos ao orçamento doméstico em razão da crise econômica enfrentada pelo País nos últimos tempos.

“Este cenário de certa estabilidade na taxa também é resultado da atuação das administradoras, no apoio aos síndicos na criação de mecanismos para equilibrar os custos condominiais e, com isso, evitar aumentos desnecessários no valor dos boletos mensais”, explica Graiche Junior. 

O índice da mora na taxa de condomínios, que considera os boletos emitidos e não pagos dentro do próprio mês de vencimento, ficou em 6,97% em março, ante o percentual de 6,59% em igual período de 2019. Apesar da leve alta no período, ressalta a AABIC, o índice médio no primeiro trimestre do ano foi de 6,57%, abaixo do percentual médio de 6,69% apurado nos três primeiros meses do ano passado.

Segundo o presidente da Associação, é relativamente normal que famílias adiem o pagamento por alguns dias na organização das contas domésticas, mas não significa que persistirão em atraso a ponto de se tornarem inadimplentes.

O executivo ainda destaca que a AABIC vem fazendo um trabalho entre as administradoras associadas e a população condominial para a conscientização de síndicos e moradores para manterem em dia o pagamento das taxas condominiais, como forma de garantir a manutenção da rotina e atividades dos empreendimentos e, assim, o cumprimento do programa de distanciamento social determinado pelo Governo do Estado de São Paulo.

“O atraso e a inadimplência no pagamento das taxas do condomínio podem comprometer a sua capacidade de honrar os compromissos, como o pagamento dos salários dos funcionários, dos serviços prestados por terceiros, além de tarifas públicas e impostos, refletindo diretamente na segurança, limpeza, bem estar e qualidade de vida dos moradores”, conclui.

    Fonte: AABIC.

Caixa disponibiliza pausa nas parcelas da Casa Própria

Caixa Econômica Federal permite que os clientes solicitem a suspensão de até duas parcelas de financiamentos habitacionais pelos próximos 60 dias. Essa medida visa colaborar com a população diante da crise de Covid-19

No aplicativo Habitação Caixa, é possível que pessoas físicas solicitem o serviço de pausa. O banco informa que os clientes que estejam utilizando o FGTS para pagamento das prestações não podem usufruir do benefício. Além disso, os congelamentos só podem ser feitos em contratos com até duas parcelas em atraso.  
 
As mesmas condições são oferecidas aos clientes que possuem operação de Home Equity com a Caixa e que já têm ao menos 11 parcelas pagas. Não há limite de valor para os contratos. Com a normalização da situação econômica, as prestações pausadas serão incorporados ao saldo devedor.
 

Saiba como solicitar

 
O serviço de pausa estendida pode ser acessado pelo Aplicativo Habitação Caixa, pelo WhatsApp (0800-726 8068), ou ainda pelo Telesserviço ( 3004-1105 para capitais ou 0800-726 0505 para demais cidades, opção 7 da URA), de segunda a sexta feira, das 8h às 20h, exclusivamente para contratos com Pessoas Físicas. No caso do app, é necessário atualização da versão através da loja de aplicativos. 
 
Pessoas Jurídicas devem solicitar os serviços ao gerente. As agências funcionam das 10h às 14h para o público geral e a partir das 9h para atendimento exclusivo aos clientes enquadrados como grupo de risco da Covid-19.

*Estagiária sob a supervisão de Vinicius Nader
 
FONTE: CORREIO BRAZILIENSE

Mulher No Mercado Imobiliário: Saiba Como Elas Conquistaram Esse Espaço!

O Mês De Março É Propício Para Lembrarmos Da Luta Feminina Por Seu Espaço Na Sociedade Como Um Todo. Esse Período Foi Eleito Para Fazermos Reflexões Sobre As Conquistas Das Mulheres E Toda Sua Evolução Ao Longo Das Últimas Décadas. Aproveitamos A Oportunidade Para Discorrer Um Pouco Sobre O Posicionamento Da Mulher No Mercado Imobiliário.

O mês de março é propício para lembrarmos da luta feminina por seu espaço na sociedade como um todo. Esse período foi eleito para fazermos reflexões sobre as conquistas das mulheres e toda sua evolução ao longo das últimas décadas. Aproveitamos a oportunidade para discorrer um pouco sobre o posicionamento da mulher no mercado imobiliário.

Sabemos que nem sempre a atuação feminina foi bem aceita no mercado imobiliário. Houve um tempo em que a mulher era proibida de ocupar esse espaço, o que durou até o ano de 1958. A proibição era prevista pelo artigo 37 da Lei nº 556, de 25 de julho de 1850 (Código Comercial Brasileiro), que foi revogado, abrindo caminho para o exercício da profissão no Brasil.

Contudo, muitas adversidades persistem, mas são aos poucos derrubadas. Os resultados práticos têm demonstrado o quanto a participação da mulher no mercado imobiliário é significativo e importante. Neste post, você confere esse cenário!

Os Principais Desafios Enfrentados Pelas Mulheres No Mercado Imobiliário

A presença feminina no mercado imobiliário já é bastante expressiva. Segundo uma pesquisa realizada no Estado de Minas Gerais, em 2016, essa porcentagem chegava a 48%. Tal representatividade certamente resulta da luta diária e incansável pelos direitos que são inerentes a todo ser humano, independentemente da de sua condição.

Contudo, nada disso foi fácil. Os obstáculos sempre existiram e continuam desafiando o cotidiano de todas as mulheres, seja porque precisam conquistar algo ou porque já alcançaram uma posição cobiçada e de alta responsabilidade. Mas, quais são os principais desafios que ainda persistem nessa luta? Vejamos a seguir.

Dupla Jornada

O que parece ser algo superado para algumas mulheres ainda é uma dura realidade para a maioria, mesmo aquelas que já detêm certa estabilidade financeira. A dupla jornada não é algo simples de lidar, muito menos de eliminar da rotina feminina.

Infelizmente, um número altíssimo de mulheres ainda precisa se preocupar, na maior parte do tempo, com a educação dos filhos e tudo que envolve essa missão, o cuidado com a casa, o marido e até a gestão das contas domésticas.

Isso sem falar daquelas que enfrentam um trânsito absurdo nas grandes cidades, dependem de transporte público lotado e chegam tarde em casa para começar uma nova etapa de trabalho, dessa vez, com os afazeres domésticos.

Preconceito

As mulheres corretoras de imóveis já sofreram preconceitos escancarados, inclusive, na própria lei, como citamos no início. No entanto, já é notório que essas barreiras vêm cedendo à medida que o tempo passa e a convivência entre homens e mulheres se torna mais igualitária.

É evidente que ainda há muito a ser feito. Não basta eliminar um artigo disposto em uma lei do século XIX. As principais atitudes e tomadas de consciência devem emergir do convívio social e da mudança dos costumes, o que está acontecendo, apesar de tantos casos inaceitáveis de agressão às mulheres que ganharam destaque ultimamente.

No mercado de trabalho, em especial no segmento imobiliário, é do conhecimento de todos que atuam nesse setor que a influência feminina é muito positiva e lucrativa para os negócios — embora ainda estejamos dando alguns tropeços, o pior em termos de preconceito já passou.

Como Pode Ser A Atuação Da Mulher No Mercado Imobiliário

Diante de tantas lutas e desafios, preparar-se para enfrentar o mercado é uma saída razoável e segura. É importante ter capacitação e conhecimento, principalmente em como vencer as adversidades da profissão de corretora e conseguir destaque na área. Com base nisso, é interessante conferir algumas dicas que preparamos para ajudar a dar impulso ao sucesso da sua carreira!

Providencie Um Registro No CRECI

Para quem deseja se profissionalizar no ramo imobiliário, o primeiro passo é conseguir um registro no CRECI (Conselho Regional de Corretores de Imóveis), o que é fundamental para o exercício da ocupação de corretor. No entanto, é importante atentar para a condição do CRECI de cada Estado, já que a regularização pode ser diferente de região para região.

Desenvolva Competências Humanas

Muitas carreiras exigem habilidades específicas dos profissionais para lidar com os mais variados tipos de pessoas. No mercado imobiliário, isso é particularmente importante, tanto em relação aos clientes, quanto aos colegas de trabalho, o que exige jogo de cintura para enfrentar situações inesperadas a qualquer momento do dia.

Estamos falando de empatia e inteligência emocional. Sim, é um assunto que está em alta e muita gente discute sobre isso em todas as rodas de conversa. Não é para menos, afinal, trata-se de um tema sério, que faz toda a diferença nas relações interpessoais quando bem trabalhado.

Portanto, corretores imobiliários devem estar preparados para críticas e elogios e saber administrar as duas situações com a mesma ponderação. De qualquer maneira, existem algumas condutas que podem ser desenvolvidas e bem usadas para encantar os clientes e fechar negócios com mais facilidade, como proatividade, motivação, carisma, comprometimento e empatia.

Além dessas qualidades, o espírito de liderança também tem um peso muito grande em profissões como a de corretora de imóveis e, hoje em dia, muitas mulheres assumem funções de liderança com bastante desenvoltura.

Seminário Mulheres No Mercado Imobiliário

O evento totalmente focado no publico feminino acontecerá em São Paulo no dia 27/03 e trará palestras e painéis para você adquirir conhecimentos técnicos e teóricos, além de compartilhar experiências e fazer parcerias com corretoras de imóveis de todo o Brasil.

Domine Os Conhecimentos Técnicos Da Área

Conhecer as bases técnicas de qualquer profissão é uma condição indispensável. Na área imobiliária, não é diferente. Procure dominar o conhecimento técnico necessário para progredir e se destacar no seu ramo, afinal, é dessa forma que você conseguirá ter autoridade naquilo que atua.

Lembre-se de que a capacitação constante é vital para o sucesso de qualquer profissional e costuma ser levado muito a sério pelas mulheres. Aliás, foi dessa forma que muitas conseguiram ultrapassar a marca de homens bem-sucedidos no mercado de trabalho.

O alto nível de escolaridade feminino foi responsável por boa parte dessa superação. No setor imobiliário, isso também está presente, já que as mulheres costumam se preocupar mais profundamente com o perfil das pessoas, sobre o que elas sentem, pensam e esperam encontrar. Sendo assim, invista a fundo nesses quesitos.

Para complementar, faça cursos de aperfeiçoamento e considere a opção de investir em um software de gestão para melhorar o desempenho do seu trabalho e valorizar mais o tempo.

Seja Organizada

Manter a agenda organizada é um requisito essencial para qualquer corretor de imóveis, logo, a dica é a mesma para as mulheres. Ter uma boa organização ajuda a cumprir as atividades com mais efetividade, além da pontualidade nos compromissos e nas reuniões de equipe. A eficiência da gestão da carteira de clientes também é um ponto crucial, uma vez que auxilia no entendimento de cada uma das etapas do atendimento.

O dinamismo é outra característica que dá bastante suporte na organização diária, já que a adaptação às diferentes circunstâncias é constantemente exigida nesse segmento de atuação.

Aposte Na Tecnologia

No ramo de imóveis, investir em tecnologia se tornou primordial para ajudar a atrair mais clientes, melhorar os processos e ganhar tempo e visibilidade. A internet oferece diversas opções, entre sites, plataformas online, blogs, redes sociais e portais.

A chegada da era digital mudou drasticamente o comportamento de compra das pessoas, que passaram a pesquisar e adquirir serviços e produtos de todo tipo pela web. Hoje, é possível comprar absolutamente tudo pela internet, de forma cômoda (sem sair de casa), rápida e segura.

Para as mulheres corretoras, essa forma de apresentar seus imóveis também é um grande facilitador, uma vez que encurta caminhos e dá muito mais amplitude aos negócios. Para enriquecer a sua estratégia de marketing, mantenha um site bem elaborado e personalizado. Conecte-o a um blog, onde você poderá oferecer conteúdo relevante para o seu público-alvo e, assim, chamar a atenção dele para o que o seu negócio tem a oferecer. Um detalhe importante é que tudo isso pode ser feito por baixíssimo custo, por meio de templates gratuitos facilmente encontrados na web.

Vale também apostar em uma plataforma online para expor os imóveis com o máximo de descrições possível, fotos de qualidade e de maneira atrativa. O Imovelweb é uma excelente opção que pode exercer um papel importante na carreira da mulher no mercado imobiliário. Acesse e comece a exibir o seu catálogo o quanto antes!

Fonte: Imovelweb

Síndico isento de condomínio não deve pagar IR sobre valor, diz STJ

São Paulo — A Receita Federal não poderá cobrar Imposto de Renda (IR) de síndicos que têm isenção da taxa de condomínio. Esse foi o entendimento da Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), nesta quinta-feira (5), por unanimidade.

A discussão foi motivada pelo pedido de um advogado do Rio de Janeiro, que tentava reverter na Justiça a cobrança feita pela Receita Federal. O advogado argumentou que havia aceitado, em 2005, ser síndico do condomínio do prédio de seu escritório, em troca de não pagar condomínio, mas sem receber dinheiro por isso.

A Receita Federal, por sua vez, avaliou que houve omissão de renda, por ele não ter declarado o valor correspondente à taxa de condomínio. Por isso, gerou a cobrança do crédito e o notificou.

Inicialmente, a Justiça suspendeu a cobrança, mas, depois, decidiu que o advogado deveria pagar taxa sobre o valor de condomínio do qual era isento. O processo chegou, então, ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), que compreendeu que mesmo que a atividade envolva uma remuneração indireta, é sujeita à tributação do Imposto de Renda.

O advogado recorreu ao STJ, afirmando ser um abuso cobrar imposto sobre uma isenção, visto que isso não se enquadra na definição de renda.

Os ministros entenderam que, por não se tratar de um valor recebido efetivamente e por não haver aumento de patrimônio, não se poderia cobrar imposto como rendimento tributável. Embora a decisão tenha sido referente a um caso específico, servirá de base para julgamentos futuros de outros casos semelhantes.

A União ainda pode recorrer ao STJ e também ao STF para tentar modificar a decisão, já que esta pode impactar as contas públicas, pois outros síndicos poderão pedir a devolução de impostos cobrados nos últimos cinco anos — prazo máximo determinado por lei.

Napoleão Nunes Maia, ministro relator da Primeira Turma do STJ, ratificou que a cota condominial é uma despesa imposta aos condôminos, e a isenção não pode ser considerada rendimento.

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Compra e venda de imóveis cresce quase 10% em São Paulo e no Rio

Levantamento do Registro de Imóveis do Brasil, realizado com dados de cartórios, aponta que o número de registros de compra e venda de imóveis subiu 9,7% em São Paulo e 9,2% no Rio de Janeiro, no acumulado de janeiro a novembro de 2019, em relação a igual período de 2018.

Nos últimos 12 meses, terminados em novembro passado, as altas foram de 10,5% em São Paulo e 5,4% no Rio. Os dados se referem a compra e venda de imóveis novos e usados.

Na capital paulista, no ano de 2018 foram registradas compra e venda de 116.060 imóveis contra 126.155 nos 12 meses seguintes (dezembro 2018 a novembro 2019). O movimento no setor imobiliário foi bem menos intenso na capital fluminense, que vem sofrendo com a sistemática desvalorização de imóveis, embora ainda tenha os bairros mais caros do Brasil.

O total de registros de compra e venda de imóveis no Rio foi de 46.635 em 2018, ante 50.470 em 2019. Em 2012, num dos momentos de ápice do mercado, o número de registros chegou a 64.454 no Rio.

O mercado imobiliário, assim como outros setores ligados ao mercado interno, estão entre as maiores apostas de analistas para bom desempenho na bolsa neste ano. Inclusive, incorporadoras já anunciaram que vão abrir capital na bolsa (a estreia conhecida como IPO).

De acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), a queda de juros, o estoque de imóveis, e melhor confiança no setor de construção civil fazem com que este seja um bom ano para compra de imóveis.

A entidade aponta ainda que, em São Paulo os preços estão 20% abaixo da maior média de valores que já atingiram em 2014. No Rio, a desvalorização é maior, com valor 33% mais barato que o pico de preços, há cinco anos.

Inadimplência

Ainda conforme os dados do Registro de Imóveis do Brasil, a inadimplência que leva ao extremo da perda do imóvel caiu 40,2% em São Paulo no ano de 2019. Isso significa que a tomada do imóvel por falta de pagamento da dívida caiu. Nos últimos 12 meses findos em novembro, a queda desse tipo de ação de tomada de bem caiu 34%.

Fonte: Valor Investe Globo
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IPTU: O que é? Como é calculado? Qual a forma de pagamento? Tire dúvidas

O que é o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), pago anualmente pelos proprietários ou inquilinos de imóveis?

Como é feito o cálculo? Qual a forma de pagamento? E se atrasar ou não pagar, posso perder o imóvel? Em caso de aluguel, quem paga é o inquilino ou o proprietário? Veja a seguir tudo o que você precisa saber sobre o IPTU:

O que é IPTU e quem tem de pagar?

IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), como o nome indica, é o imposto voltado a propriedades com construção no meio urbano. Ou seja, ele é cobrado anualmente de todos os proprietários de casas, prédios ou estabelecimentos comerciais nas cidades.

Como o IPTU incide sobre a propriedade, o contribuinte deverá pagar pelo número de imóveis em seu nome. Se for um, paga imposto só de um; se forem dez, paga imposto de dez – cada um com seu valor específico.

Se a propriedade for urbana, mas for apenas um terreno, sem construção, paga-se o ITU (Imposto Territorial Urbano). Se for fora do perímetro urbano, incide o ITR (Imposto Territorial Rural), com base de cálculos e alíquotas diferentes do IPTU.

Como é calculado o IPTU?

O IPTU é calculado com base no valor venal do imóvel, que é o preço da propriedade estabelecido pelo Poder Público. Sobre ele, é realizada a aplicação de alíquotas, descontos e acréscimos definidos pelos municípios.

O IPTU é reajustado anualmente, considerando-se a valorização do imóvel e da região ou eventual mudança da legislação municipal. Há um limite para esse aumento, a depender de cada município.

O que é valor venal?

Valor venal é, basicamente, o valor de compra e venda de um imóvel estabelecido pelo órgão público. Leva em conta fatores como idade e localização do imóvel. Geralmente não tem relação com o valor de mercado – seu valor pode ser menor ou maior. Normalmente é menor, porque o preço de mercado é condicionado pela procura e oferta.

É com base no valor venal que a prefeitura estipulará o IPTU a ser pago e o quanto deverá pagar ao proprietário em caso de penhora ou de desapropriação, por exemplo.

Esse valor pode ser reavaliado anualmente, de acordo com as mudanças do mercado (valorização da região, por exemplo) ou do próprio imóvel (como uma reforma de melhoria).

Em caso de discordância quanto ao valor venal estabelecido, o cidadão pode fazer uma reclamação formal para reavaliação (mais detalhes abaixo).

Vale a pena pagar o IPTU à vista ou parcelado?

O IPTU pode ser pago à vista, no início do ano, ou parcelado ao longo do ano. A opção depende do planejamento financeiro de cada um. Embora não tenha taxas extras, para estimular o pagamento à vista, a maioria das prefeituras oferece desconto em parcela única. Especialistas recomendam que, quando possível, vale a pena aproveitar o desconto e pagar à vista, principalmente se os juros pagos por seus investimentos estiverem baixos. O valor a ser descontado depende do município.

Quem é isento?

As regras para isenção do IPTU também variam de cidade para cidade. Em alguma cidades, aposentados e pensionistas pagam menos. Outras dão isenção pelo valor da propriedade.

E se houver discordância quanto à cobrança?

Caso o cidadão note qualquer divergência no valor do seu IPTU, como um aumento abusivo ou valor venal questionável, ele deve fazer uma reclamação à prefeitura.

O processo de impugnação pode ser disponibilizado on-line, nos sites das respectivas prefeituras, ou presencialmente. Há uma data limite para a reclamação, que varia conforme a cidade.

Se atrasar, paga multa?

Sim. Em caso de atraso e se não abrir um processo de impugnação, há cobrança de multa e juros sobre o valor da parcela atrasada. Como nos outros quesitos, a cobrança varia de município para município.

Quem paga o IPTU é o inquilino ou o proprietário?

Em caso de aluguel do imóvel, a Lei do Inquilinato (nº. 8.245/91) estabelece que o pagamento do tributo pode ser combinado no contrato, como o condomínio. No entanto, como é um imposto sobre a propriedade, a responsabilidade final é sempre do dono do imóvel.

Isso significa que, caso o locatário deixe de pagar o tributo, a prefeitura reclamará com o proprietário do imóvel, independentemente do contrato.

Como conseguir a segunda via?

A segunda via do IPTU em geral é disponibilizada gratuitamente nos sites das prefeituras ou das secretarias da Fazenda das cidades.

Caso você não ache online, procure a prefeitura ou a Secretaria Municipal da Fazenda da sua cidade para descobrir como retirá-la.

O que acontece se não pagar?

É um processo longo, mas a falta de pagamento do IPTU pode chegar à penhora ou até ao leilão da propriedade.

O primeiro passo é a notificação da prefeitura (por meio físico ou eletrônico) para que o cidadão regularize a situação. Caso não seja feito, paga multa, e seu CPF ou CNPJ (em caso de estabelecimento comercial) entra na Dívida Ativa do Município, o que pode impedir a realização de empréstimos, por exemplo.

Caso o contribuinte siga sem pagar, a prefeitura pode entrar na Justiça para pedir a penhora ou até o leilão da propriedade para cobrir o pagamento do tributo. Até lá, no entanto, os governos tendem a oferecer programas e pacotes de parcelamento da dívida com desconto nas multas.

Além disso, se o imóvel em questão for a residência do contribuinte e seu único bem, o contribuinte pode argumentar como defesa a impenhorabilidade do bem de família.

O que é dívida ativa?

Dívida ativa é um cadastro feito pelo Poder Público (seja municipal, estadual ou federal) para os contribuintes que estejam em débito.

Geralmente, o cadastro é feito após o período de 90 dias da cobrança, mas não há uma data exata.

A inscrição na dívida ativa, realizada pela Procuradoria-Geral do Município a pedido da prefeitura, pode ter consequências como restrição a novos empréstimos e inclusão do CPF ou CNPJ do proprietário em cadastro de devedores, como SPC e Serasa.

Quando é cadastrado na dívida ativa, o cidadão deve ser notificado pelo órgão. Se houver dúvidas sobre a sua situação, procure os departamentos fiscais da prefeitura ou da Procuradoria-Geral do Município da sua cidade.

Parte delas disponibiliza esta informação online.

Como as prefeituras buscam estimular o pagamento da dívida com descontos e opções de parcelamento, o ideal é negociar a melhor forma de quitação na prefeitura.

Fonte: Uol

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Prédios novos devem oferecer imóvel com acessibilidade sem custo extra

Todos os prédios que começarem a ser construídos no Brasil precisarão oferecer uma opção de apartamento adaptado para pessoas com deficiência. A medida consta no artigo 58 da Lei Brasileira de Inclusão de 2015, e entrou em vigor na última segunda-feira (27.01.2021).

Estão inclusos na norma os imóveis novos com um quarto que tenham mais
de 35 metros quadrados e os de dois dormitórios ou mais com área superior
a 41 metros quadrados.

Apartamentos menores ficam de fora por uma questão técnica, segundo
Carlos Borges, vice-presidente de Tecnologia e Sustentabilidade do Secovi-SP (sindicato do setor). De acordo com ele, é difícil conseguir cumprir as
adaptações necessárias em um espaço tão pequeno.

Uma das exigências, por exemplo, é ter cômodos com área suficiente para manobrar uma cadeira de rodas.

De acordo com a nova regra, todos os apartamentos dos prédios que forem
protocolados a partir de 27 de janeiro poderão ser adaptados sem custos ao
comprador.


Para fazer isso, cada empreendimento deverá ter duas opções de planta para apresentar aos clientes. A regular, sem as mudanças, e aquela com todos os itens de acessibilidade instalados, como portas largas, barras de
apoio no banheiro e janelas com altura adequada para quem tem nanismo ou é cadeirante, entre outras medidas, conforme abaixo:

  1. Alcance visual adequado das janelas
  2. Torneiras de banheiro, cozinha e tanque com acionamento por alavanca ou sensor
  3. Rampas para nivelar irregularidades no piso
  4. Quadro de energia, interruptores, campainha, tomada e interfone na altura que o comprador pedir
  5. Portas com maçaneta tipo alavanca
  6. Lavatório e bancada da cozinha na altura que o comprador pedir
  7. Vão livre nas portas com no mínimo 80 cm
  8. Puxador horizontal na porta do banheiro
  9. Previsão de reforço nas paredes para a instalação de barras
  10. Registro e torneira do chuveiro na altura que o comprador pedir
  11. Barras de apoio junto ao vaso sanitário e box do chuveiro
    • Fonte: Cartilha "Acessibilidade em Unidades Residenciais", da Abrainc (associação de incorporadoras), Asbea (associação de escritórios de arquitetura), Cbic (câmara da indústria da construção), Secovi-SP (sindicato do setor) e Sinduscon-SP (sindicato da construção civil)

Quem quiser ter o apartamento adaptado precisa avisar a construtora antes
do início das obras e especificar quais alterações deseja.

A mudança é feita sem custo, mas, se houver distrato (desistência), o valor
gasto para adaptar o imóvel fica com a construtora. Tudo isso deve estar no
contrato.

Dessa forma, um prédio poderá ser construído com várias unidades
acessíveis, se houver procura, ou nenhuma, caso os compradores não
solicitem as adaptações.

Quem não optar pelo apartamento acessível já na planta poderá fazer isso no futuro, arcando com os custos e fazendo sua própria reforma. Como todos os imóveis serão adaptáveis, vai ser mais fácil instalar os itens de acessibilidade depois.

A arquiteta Maria Cecília Denadai, que trabalha para a construtora MBigucci, explica que, quando as mudanças não são previstas na planta do edifício, muitas vezes é impossível fazer as alterações após a construção.

“O desenho tem que ser muito bem estudado, senão não permite que você tire uma parede porque tem tubulações hidráulicas ou pilares que são estruturais”, afirma.

Quando o projeto do prédio não permitir alterações futuras na planta — caso de construções pré-moldadas, por exemplo-, a opção que as construtoras têm é entregar 3% das unidades totalmente acessíveis para pessoas com algum tipo de deficiência.

Desde 2015, empreendimentos de interesse social, como os do programa
Minha Casa Minha Vida, já precisam obedecer essa cota.

A medida que entrou em vigor em janeiro vai afetar principalmente imóveis de médio e alto padrão, que até então só tinham que ter as áreas externas, de uso comum, acessíveis para pessoas com deficiência.

“Os apartamentos, que antes eram naturalmente acessíveis porque tinham cômodos amplos, foram diminuindo a partir dos anos 1990”, afirma Silvana Cambiaghi, arquiteta que participou da elaboração da cartilha “Acessibilidade em Unidades Residenciais“, criada por entidades do setor.


Ela teve poliomielite na infância e usa cadeira de rodas. Para comprar o
próprio apartamento, recorreu a uma unidade construída nos anos 1960, por ser ampla.

Cambiaghi ressalta que, em geral, as maiores dificuldades para quem é
cadeirante estão na cozinha, que costuma ser estreita demais, e nos
banheiros. Convencionou-se utilizar portas de 60 centímetros de largura nesses cômodos, o que impede a passagem da cadeira. Uma vez dentro do ambiente, é comum que não haja espaço para manobrar a cadeira e chegar até o vaso.

Outro trecho da lei obriga que os imóveis totalmente adaptados sejam distribuídos em diferentes andares do edifício. Hoje, é permitido que as unidades acessíveis do Minha Casa Minha Vida fiquem apenas no térreo, andar que geralmente é menos valorizado no mercado.

Qualquer pessoa poderá comprar um imóvel com a planta adaptada para ser acessível. Não é preciso comprovar uma deficiência física.

Apartamentos adaptados também são acessíveis para idosos ou pessoas que sofrem de doenças degenerativas.

O escritório Oliva Arquitetura reformou e adaptou no ano passado um apartamento de 142 metros quadrados, em São Paulo, para uma idosa que tem mal de Parkinson.

Em decorrência da doença, ela tem dificuldade de se locomover, perde o equilíbrio com facilidade e precisa ter apoios para se segurar.

O escritório então desenvolveu um corrimão de madeira adaptado ao formato da mão da moradora, que, por causa da enfermidade, não tem a total mobilidade dos dedos.

“Fizemos quatro formatos diferentes de corrimão e fixamos em diferentes alturas, para ver com qual ela se sentia mais confortável”, afirma a arquiteta Fernanda Mendonça.

Os corrimãos estão na maior parte do imóvel, na sala, corredor e nos quartos. Como são de madeira, combinam com a decoração da casa, que tem o material no piso e em móveis.

No banheiro, a arquiteta instalou barras ao lado do vaso, no chuveiro e na
banheira. O piso também foi pensado para se adaptar às necessidades da
casa. Mendonça evitou o uso de porcelanato polido, que fica escorregadio
quando molhado.

A moradora não utiliza cadeira de rodas neste momento, mas pode vir a
precisar no futuro. “Pensamos o projeto de forma que, caso ela precise,
possamos adaptá-lo”, afirma a arquiteta.

Os corredores foram feitos com largura suficiente para a passagem da
cadeira, e o vão das portas pode chegar a 80 centímetros.

Fonte: Folha de SP