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Procurador pede desculpas depois de ser flagrado agredindo adolescente em condomínio

Ele alega que o filho dele foi agredido pelo jovem em um condomínio na Garibaldi

Depois de ser flagrado por imagens de uma câmera de segurança agredindo um adolescente de 15 anos, na sexta-feira (17.05.2019), o procurador do estado José Augusto Martins Junior pediu desculpas, na quarta-feira (22.05.2019), e disse que agiu por impulso e emoção. Ele acusa o adolescente de ter agredido o filho dele, uma criança de 11 anos, que tem déficit cognitivo.

O desentendimento aconteceu no Condomínio Elegance Garibaldi, um prédio de classe média alta onde as famílias moram, na Avenida Garibaldi, por volta das 19h20 de sexta. Segundo o procurador, a confusão começou quando a auxiliar que cuida do filho dele avisou que o menino estava chorando depois de ser agredido pelo adolescente.

Nas imagens do circuito interno do prédio, é possível ver quando José Augusto entra no hall com o filho, que aponta para o adolescente, sentado em um sofá próximo. O procurador vai até onde o jovem está, se inclina sobre ele, e os dois têm uma discussão. Eles trocam empurrões, enquanto outro adolescente tenta apaziguar a situação. Em seguida, moradores e um segurança do condomínio aparecem e acalmam os ânimos.

Em nota de esclarecimento, divulgada pelo advogado de defesa, o procurador diz que há cerca de três anos o filho dele vem sendo agredido emocionalmente e fisicamente pelo adolescente. Ele afirma também que procurou a família do jovem, mas que o fato ficou sem solução.

“Agindo no impulso da emoção, tendo meu limite da razão rompido e por expressa defesa que o instinto de pai manifesta, acabei desencadeando uma postura que destoa completamente da minha conduta pessoal e profissional”, diz a nota.

O procurador disse também que assume toda responsabilidade pelos atos que teve e pediu aos pais que têm filho especial que denunciem todos os abusos sofridos, “evitando o agravamento da situação com ações reiteradas de comportamentos agressivos”, afirmou.

A Polícia Civil informou que a Delegacia Especializada de Repressão a Crimes contra a Criança e Adolescente (Dercca) investiga o caso, mas que não serão divulgados os detalhes até que a apuração seja concluída.

Em nota, a Procuradoria Geral do Estado da Bahia informou que repudia veementemente todo e qualquer tipo de violência e que está atenta ao desenrolar dos fatos. Confira o posicionamento na íntegra:

Diante da repercussão do caso envolvendo um de seus procuradores, a Procuradoria Geral do Estado da Bahia vem a público esclarecer que repudia veementemente todo e qualquer tipo de violência.

A PGE informa ainda que está atenta ao desenrolar dos fatos e, no momento oportuno, a situação poderá ser apreciada pelo Conselho Superior do órgão, unidade responsável por analisar a conduta dos procuradores do Estado.

Neste momento, como os fatos ocorreram no âmbito da vida privada do procurador, aguardamos o posicionamento das autoridades competentes.

 
Agressão

Em dezembro de 2018, um casal foi flagrado por imagens de câmeras de segurança de um condomínio, em Brasília (DF), agredindo uma criança. A vítima mora em Feira de Santana, no Centro-Norte da Bahia, e estava passando férias na casa de uma tia, na capital federal.

Na semana passada, eles foram condenados a fazer doações de R$ 5 mil, cada, para Associação Brasileira de Assistência às Pessoas com Câncer (Abrapec) como pena pela agressão. A mãe, Danielle Cavalcanti dos Santos, que aparece nas imagens dando um tapa na criança, foi denunciada por vias de fato, uma agressão que não deixa lesão na vítima.

Já o pai, Alexandre Campos de Jesus, que segurou a criança para que o filho dele batesse, não pode sair do DF por mais de 30 dias sem avisar ao juiz; precisa se apresentar a cada dois meses à Justiça; não pode frequentar bares, prostíbulos e locais que induzam ao crime; não pode usar droga; e tem que informar qualquer mudança de endereço à Justiça. 

Fonte: Correio 24h

 
 
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