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Incidência de raios aumenta 60% na cidade de São Paulo, aponta o Inpe

Influenciada por fenômenos climáticos como El Niño e La Niña, a cidade de
São Paulo viu a incidência de raios disparar. É o que mostra um levantamento feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). De acordo com o estudo, foram contabiliza- dos 44,8 mil raios no ano passado, contra 28 mil em 2018, uma alta de 60%.

“Os fenômenos estão associados à temperatura da superfície do Oceano Pacífico Equatorial, que modula as águas e sofrem aquecimento anormal com o ElNiño e resfriamento acima do normal com a La Niña. Isso afeta a formação de tempestades e, consequentemente, de raios”, explica Osmar Pinto Júnior, coordenador do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Inpe.

A incidência de raios se concentra no verão, dado o período de chuvas. A capital paulista registrou 44,5 mil raios entre 21 de dezembro de 2018 e 20 de março de 2019, número próximo ao verificado durante todo o ano 2019.

Entre 21 dezembro de 2017 e 20 de março de 2018, foram 19,3 mil raios. Na comparação entre os períodos, a alta é ainda maior de 130%.

Nos últimos 20 anos, 2.182 pessoas morreram no Brasil vítimas de raios.

Com 30 vítimas, a capital paulista é a cidade com o maior número de mortes no país nesse período. A última foi registrada em março de 2017, quando
um homem foi atingido ao procurar abrigo sob uma árvore.

“Quando o raio se forma, o ar ao redor da faísca é aquecido a 30 mil graus Celsius, causando uma violenta expansão podendo derrubar e matar facilmente uma pessoa”, alerta Júnior.


Em termos comparativos com a voltagem doméstica de 110 ou 220 volts, um raio pode ultrapassar um milhão de volts.

De acordo com informações do Inpe, 80% das mortes acontecem ao ar livre e 20% dentro de casa.

As situações mais perigosas se dão em locais abertos, como praias, parques e áreas rurais. “Os quiosques dos parques nem sempre são locais suficientemente seguros.

Dentro de casa, as pessoas estão mais protegidas, mas há riscos quando estão perto de geladeira e tomam banho.

Dentro do carro, a pessoa está relativamente protegida”, afirma Osmar Pinto Júnior.

Fonte: Jornal Estação

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