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Manutenção preventiva em condomínio precisa virar prioridade

Nos últimos meses, houve muitas tragédias nos condomínios do país. Uma família inteira morreu intoxicada pelo vazamento de gás num apartamento, um jovem morreu após ser atingido por uma marquise, um prédio desabou em Fortaleza, matando alguns moradores, edifícios foram interditados e evacuados em razão de rachaduras e graves problemas estruturais, sem falar em incêndios, panes elétricas e alagamentos. Infelizmente, estamos em perigo.

O cargo de síndico virou atividade de risco, sobretudo em razão das pesadas responsabilidades civis e criminais. A situação é desesperadora em muitos condomínios, que nem sequer têm caixa para pagar salários e contas de consumo, que dirá para realizar caras manutenções preventivas. Vivemos em barris de pólvora, com tragédias anunciadas e ignoradas pela maioria. Qual foi a última vez que fizemos manutenção em nossos aquecedores a gás? 

Participamos da brigada de incêndio do prédio? Aprovamos, em assembleia, a contratação de um engenheiro para vistoriar áreas comuns? Temos plano de manutenção preventiva das instalações elétricas e hidráulicas? Aprovamos a constituição de um fundo para manutenção preventiva de fachadas, marquises e estruturas? Temos plano de contingências para emergências? Nas reformas dos apartamentos, exigimos ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) e engenheiro ou arquiteto responsável? 

Aposto que quase todas as respostas foram negativas e, levando em conta o cenário atual, em que despesas de condomínio pesam demais no orçamento, falar em rateio extra para manutenção preventiva é assunto proibido. Curioso e cultural esse nosso hábito temerário de postergar as manutenções preventivas e corretivas evidentemente necessárias, mas paradoxalmente embelezar as áreas comuns e realizar as famosas “obras que aparecem”.

É muito comum, por exemplo, um condomínio aprovar o aquecimento da piscina ou a compra de uma esteira de última geração em vez de aplicar o dinheiro na adequação de seu sistema elétrico.

O primeiro passo para encarar de frente o desafio é discutir planos de manutenção em assembleia, com as seguintes sugestões de pauta: contratação de engenheiro para elaboração de laudo sobre a conservação das áreas e equipamentos comuns, para posterior aprovação do plano de recuperação e manutenção; criação uma comissão de moradores para apoiar o síndico nas atividades de manutenção corretiva e preventiva das áreas comuns.

Por fim, é importante frisar que, em caso de risco iminente à saúde ou segurança dos moradores, a lei faculta ao sindico a execução de obras ou reparos emergenciais, mediante rateio extra ou utilização do fundo de reserva, para posterior ratificação em assembleia.

Fonte: Folha de São Paulo
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Quanto o paulistano paga de condomínio? E quanto pagará amanhã?

Será que você o que paga quando está pagando seu condomínio? Muita gente me conta que morando um prédio com só um pequeno salão, sem lazer nenhum paga um condomínio super alto em comparação com algum conhecido que, num condomínio clube, cheio de equipamentos e opções de lazer tem uma taxa de condomínio muito mais baixa.

Ao contrário do que parece, não é a área de lazer ou a localização de um prédio  principal fator para definir qual o valor do condomínio. A taxa paga pelos moradores é o valor pelo serviço recebido: segurança, limpeza, manutenção, consumos nas áreas comuns, impostos… Toda esta despesa é somada e dividida pelo número de apartamentos e é isso que define o valor do condomínio. Quanto menos apartamentos, maior o valor para cada um. Isso explica porque um condomínio clube com múltiplas torres e muitos moradores sempre vai ter uma taxa menor do que um prédio de 1 por andar com 15 ou 20 apartamentos.

Uma apuração fresquinha, dados de outubro/19, com base na carteira de quase 3.000 (três mil) administrados pela Lello aponta que o valor médio de taxa de condomínio na cidade de São Paulo é de R$ 1.035,00 contra R$ 910,00 no mesmo período de 2017 e R$ 940,00 em 2018. O número médio de apartamentos por condomínios na cidade é 58. Essa média sobe mais ou menos 10% a cada década. Nos anos 80, a média era de 40 apartamentos por condomínio. A construção mega empreendimentos tipo clube e os econômicos (muito impulsionados pelo programa minha casa, minha vida) explicam a evolução.

Uma conta matemática simples mostra que a soma de todos os condomínios pagado na cidade de São Paulo atinge mensalmente a marca de 1,5 bilhões de reais. Esses recursos geram cerca de 175 mil empregos diretos e quase 30 mil empregos indiretos. Essas cifras da cidade mais verticalizada do país, mostram que o mercado de condomínios tem força e recursos para se reinventar e transformar pra muito melhor a vida vertical do paulistano.

Há uma crescente demanda por economia e redução da cota condominial e não é menor a expetativa pelo aumento da segurança e qualidade  de vida nos prédios. Essas coisas aparentemente contraditórias mostram o grande desafio que é encontrar novos modelos e soluções para esse mercado e para a cidade que fica mais vertical a cada ano. Não existe receita pronta, mas adernada latente pela evolução mostra que como em todas as outra facetas da vida contemporânea inovação tecnologia serão os recursos para a reinvenção do morar.

Construtechs e condotechs estão trazendo muita novidade em controle de acesso, automação residencial, economia de recursos naturais e plataformas de comunicação, peneirar e relacionar essas coisas aproveita tudo que faz sentido e pode ser adaptado nos 25 mil condomínios residenciais já existentes na cidade vai responder a contradição de mais serviço, mais conforto, mais segurança por menos dinheiro. Você que nuca pensou nisso e mora em condomínio e sente que da pra ser melhor e mais feliz a vida lá pode participar dessa transformação. Ela está toda aqui acontecendo a cada reunião de condomínio, em casa portaria, quando você abre a torneira de cada ou aperta o botão do elevador.

Fonte: https://sao-paulo.estadao.com.br/blogs/vida-vertical/quanto-o-paulistano-paga-de-condominio-e-quanto-vai-pagar-amanha/