Startup pretende evoluir os modelos de negociação dos imóveis, tanto aluguel como venda observando o comportamento dos clientes

Cofundador e CEO do QuintoAndar, Gabriel Braga, quer evoluir do aspecto transacional de aluguel de imóveis para acompanhar os movimentos de mudança de moradia do cliente

A casa, seja alugada ou adquirida, é o bem de maior desejo de aqusição pelas pessoas. Mas a transação em si – visitação, vizinhança, negociações com o corretor, imobiliária e cartório – sempre foi um problema para os dois lados: o proprietário/inquilino ou vendedor/comprador. O QuintoAndar, startup que começou a operar com a intermediação de aluguel de imóveis, se tornou unicórnio (que tem valor de mercado superior a US$ 1 bilhão) em setembro do ano passado, com aportes do japonês SoftBank e do norte-americano Dragoneer. Com isso, a marca passou ao patamar de maior atração tanto de consumidores quanto de empresas, para investimentos ou parcerias.

O cofundador e CEO do QuintoAndar, Gabriel Braga, participou da trilha CEO Talks no quarto e último dia do ProXXIma 2020, e detalha como a empresa, criada junto com André Penha em 2013, deve evoluir do aspecto transacional de intermediação de aluguel de imóveis para uma concepção mais ampla na vida do consumidor, em que a marca acompanhe os movimentos de mudança de moradia desse cliente, seja em aluguéis ou aquisições de casas. Braga passou pela experiência de trabalhar em outra startup que se tornou unicórnio em 2011, o Airbnb, e de lá trouxe a ideia de tentar algo novo, sobretudo a experiência e convicção de que o novo seria aceito pelo mundo. A experiência deu certo em sua própria empresa.

Ultrapassado o patamar de startup, agora o momento é de ampliar a confiança das pessoas na empresa. No nosso caso, a questão de confiança é muito importante para os dois lados (proprietário e inquilino), porque tem algo novo no processo que gera alguma insegurança. Na curva de crescimento (de uma startup), sempre tem os clientes mais curiosos e dispostos a experimentar, eles é que dão o primeiro passo para que uma inovação ou srtartup exista. Já o cliente médio não está tão empolgado, ele quer que resolvamos o seu problema”, diz Braga. O fato de ser unicórnio é apenas uma das métricas, mas não a principal, afirma. “Ajuda do ponto de vista de adoção pelo consumidor e na atração de talentos”, ressalta.

O fato de se tornar um unicórnio coincide, a partir deste ano, com a pandemia global da Covid-19, o que tem influenciado as pessoas a repensar suas moradias e adaptar o imóvel a esse estilo de vida, e não mais ao anterior, que remetia quase sempre a morar perto da empresa ou próximo a um meio de transporte eficiente como o metrô. “Em 2020, estamos dispostos a ficar mais longe do trabalho por causa do home office”, nota Braga. Portanto, há uma mudança da relação com o imóvel e perspectiva de se trabalhar a partir de qualquer lugar remotamente. “Se você pensa na sua casa, é algo que afeta sua qualidade de vida, é onde você gasta grande parte da sua renda, mas as pessoas usavam muito pouco a casa porque, principalmente nos grandes centros, ficavam pouco dentro de casa. No primeiro momento da pandemia, houve uma paralisia. Depois, as pessoas começaram a repensar, ajustar o orçamento porque a renda foi afetada. E essas mudanças serão cada vez mais frequentes, independentemente da pandemia”, prevê o CEO.

Se mudou a cabeça do consumidor em relação à moradia, também o QuintoAndar encara 2020 como uma nova fase para a marca: “Continuamos empolgados com o potencial do aluguel, mas ampliamos para uma visão de moradia mais ampla, de encontrar o imóvel, consegue fazer as transações ou algo novo entre esses dois tipos de transação – aluguel e alugador. Deveria haver outros tipos de transações e estamos trabalhando nisso. A maior parte das imobiliárias está muito focada em transacional. Pensamos em ter uma relação contínua com as pessoas após a transação conosco. No primeiro imóvel, no segundo…”, diz Braga.

Um dos componentes dessa nova fase, é investir em comunicação e marketing, inclusive com a contratação de um CMO (João Chueiri, que comandará as estruturas de branding & content, performance, insights, comms & PR e  product marketing e já trabalhou em empresas como AB-Inbev, Nike e agências como F/Nazca Saatchi & Saatchi e J. Walter Thompson). “Acreditamos no valor de um time multidisciplinar – design, gestão de produtos, engenharia, atendimento, marketing, operações –, cada um com uma visão diferente. A chance de fazer algo que funcione é maior por causa dessas pessoas. Faltava essa perna com alguém do background do CMO, que parte da construção de marca e como levaremos isso para o próximo nível, porque temos um produto legal que podemos vencer, com certeza, mas temos que levar para mais gente e criar marca top of mind e que tenha relação emocional mais profunda do que a transacional que o setor tem”, detalha o CEO do QuintoAndar.

Fonte: Evento ProXXIma

 

Cliente barra entrada de entregador em condomínio por ele ser negro

Moradora pediu, por mensagem, que o estabelecimento enviasse um motoboy que fosse branco: “Não vou permitir esse macaco”

Uma mulher rejeitou a entrada do motoboy de um aplicativo de comida no condomínio onde ela mora por ele ser negro. A denúncia foi feita por uma hamburgueria de Goiânia, no final da noite dessa segunda-feira (26/10). Foi registrado em boletim de ocorrência nesta terça-feira (27/10).

A responsável pelo estabelecimento contou o ocorrido nas redes sociais. Ela relata que entrou em contato com a cliente para liberação do entregador na portaria. “Esse preto não vai entrar no meu condomínio”, respondeu a mulher. “Manda outro motoboy que seja branco”, prosseguiu. A proprietária disse que não faria isso. “Eu não vou permitir esse macaco”, rebateu a cliente.

A dona da hamburgueria conta que ficou sem acreditar. “Como o entregador não teve nenhum tipo de contato com ela, eu acredito que ela ligou na portaria para perguntar se ele havia chegado e aí ficou sabendo sobre a cor da pele”, pensa. “Me indigna o fato que isso realmente aconteceu”, desabafa.

Na hora, ela falava com o motoboy e explicava o endereço da cliente. “Ele, percebendo que eu tinha me calado, perguntou o que havia acontecido. Eu, ali, parada e atônita, tive que contar pelo telefone que um crime de ódio tinha sido cometido contra ele, devido à cor de sua pele”, lembra. “Ele chegou aqui sem reação, tendo que fazer mais duas entregas aqui no Goiânia 2 mesmo”, conta.

“Fui embora pra casa chorando, conversando com o entregador para que ele relatasse ao meu irmão o que havia acontecido, uma vez que ele representa a loja, então eu vou na polícia como testemunha. meu medo é a pessoa ficar impune devido ao dinheiro”, teme.

Procurado pelo Correio, o iFood identificou a usuária agressora da plataforma e a baniu imediatamente. “A empresa presta solidariedade ao entregador e está em contato para oferecer apoio psicológico”, diz, em nota. “O iFood reitera que repudia qualquer ato de discriminação racial e preza pelo respeito à diversidade em todas ações que realiza”

A empresa ressaltou a importância de se fazer o boletim de ocorrência (BO) e de entrar em contato com a ela pelos canais oficiais de atendimento via aplicativo. “Ao receber qualquer tipo de relato como este, o iFood apura as ocorrências e, quando comprovado o descumprimento dos termos e condições de uso, desativa o cadastro dos envolvidos. A empresa está à disposição para colaborar com a investigação do caso”, conclui.

Procurado pelo Correio, o iFood identificou a usuária agressora da plataforma e a baniu imediatamente. “A empresa presta solidariedade ao entregador e está em contato para oferecer apoio psicológico”, diz, em nota. “O iFood reitera que repudia qualquer ato de discriminação racial e preza pelo respeito à diversidade em todas ações que realiza”

A empresa ressaltou a importância de se fazer o boletim de ocorrência (BO) e de entrar em contato com a ela pelos canais oficiais de atendimento via aplicativo. “Ao receber qualquer tipo de relato como este, o iFood apura as ocorrências e, quando comprovado o descumprimento dos termos e condições de uso, desativa o cadastro dos envolvidos. A empresa está à disposição para colaborar com a investigação do caso”, conclui.

Após a repercussão, o condomínio Aldeia do vale esclareceu que a cliente não é moradora do residencial e nem nunca morou lá. Em nota enviada ao Correio, o condomínio diz que conferiu na lista de moradores e o nome da cliente não consta entre os moradores. “No final da tarde, a administração recebeu, através da Polícia Civil, o nome da pessoa que através de seu aplicativo cometeu o crime racial e causou todo este transtorno. Checando em nossos cadastros, temos certeza em informar que ela não é e nunca foi moradora do Aldeia do Vale”, informa a nota. 

Fonte: CORREIO BRAZILIENSE

Saúde mental no condomínio & A gestão do síndico

Escrito por  Rosali Figueiredo

As queixas contra vizinhos nos condomínios aumentaram com o isolamento social adotado para o controle da pandemia do novo Coronavírus.

Se antes da pandemia o condomínio já era um ambiente potencialmente conflitivo, pelo convívio próximo de muitas pessoas, na quarentena os problemas se exacerbaram, com o aumento da intolerância entre os vizinhos. O que os síndicos podem fazer para acalmar os ânimos?

Especialistas apontam um crescimento do sentimento de angústia nas pessoas, impulsionado pelo trabalho no home office em condições nem sempre favoráveis, pelas incertezas econômicas e de saúde dos familiares, e pela ampliação da demanda doméstica (apoio às aulas on-line dos filhos, preparo da alimentação, limpeza etc.). A pesquisa Pnad Covid-19 do IBGE revelou que o Brasil atingiu, em julho de 2020, 8,4 milhões de trabalhadores remotos, 4,9 milhões no Sudeste. Em 2018, havia 3,8 milhões de pessoas no home office em todo País, segundo o IBGE.

Quais os reflexos disso no convívio e na gestão do condomínio?

“Tem gente ouvindo ‘barulhos’, vendo ‘coisas’ que não existem, pegando no pé de quem passa pela frente. Tem gente que fica contando quantas vezes o vizinho vai passear com o cachorro na rua, que não tolera um furo para se instalar um quadro na parede, não suporta uma gargalhada no apartamento ao lado. Tem gente que reclama da conta de água e gás, mas não se dá conta que toda a família está em casa 24 horas!!”

O relato acima, de um síndico que pediu anonimato, descreve o cenário atual e explica o aumento de 200% nas notificações extrajudiciais feitas por moradores de prédios em São Paulo por causa de barulho, obras, discussões e falta de uso de máscaras nas áreas comuns, entre os meses de março e julho de 2020, de acordo com a AABIC (Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo).

Chutes em portas e parede

“Com a pandemia, temos dedicado muito mais tempo para dialogar com morador” (Síndica Eliana Maria Cuquerave)

A síndica Eliana Maria Cuquerave, moradora do Condomínio Parque Residencial Ourives, no Jardim Celeste, zona Sul da cidade, exemplifica este quadro com o caso de um morador que, na quarentena, começou a “chutar portas e parede” dentro de seu apartamento. Mas não foi preciso notificar nem multar. Bastou a conversa amigável com familiares próximos do condômino e uma visita à sua unidade para contornar a crise. “Sossegou, parou o barulho”, afirma.

Segundo Eliana, a pandemia elevou a temperatura nos relacionamentos, resultando em mais intolerância. “Temos dedicado muito mais tempo para dialogar com morador”, observa. Neste residencial de seis torres e 312 unidades, as reclamações são trabalhadas inicialmente com o diálogo, na tentativa de que as partes se coloquem na posição da outra, “caso contrário não há como se entender”. Outras medidas procuram minimizar as tensões. Desde julho o condomínio promove aulas de ginástica para os moradores na quadra externa, “o que tem ajudado a aliviar o estresse todo”.

Escuta & Acolhimento

“A postura de empatia, de se preocupar com o outro, cria um ambiente mais harmônico, saudável e solidário” (Síndica Guiomar Courtadon, psicóloga que atua com mediação de conflitos)

“Os conflitos fazem parte da natureza humana, o que faz diferença é a maneira como lidamos com eles. Quando bem manejados, podem levar a aprendizados, estimular a criatividade. Porém, se o gestor não tiver traquejo, poderá sofrer danos emocionais e até consequências jurídicas”, observa Guiomar Courtadon, psicóloga que atua com mediação de conflitos e síndica do Condominio Genoveva Jaffet há nove anos. Segundo Guiomar, a pandemia aumentou os desafios, “porque estamos em um momento de luto, houve perdas de vidas, de sonhos, afetivas (muito tempo sem se ver pessoas queridas), financeiras”. “Então, o síndico precisa ver esse momento como difícil para todos. As pessoas acabam depressivas, com irritabilidade, e o convívio muito próximo dentro de casa dificulta ainda mais.”

Além de apostar no diálogo, é preciso que os gestores saibam impor limites, exigir respeito à sua pessoa e evitar entrar na emoção alheia, pontua. “Tomo muito cuidado na hora de colocar as palavras e exijo isso do interlocutor, assim, recebo muito respeito. Imponho esse limite”, ilustra. E, “quando o morador vem reclamar do barulho e chega nervoso, irritado, com uma fala carregada de emoção e angústia, procuro escutar o desabafo sem julgá-lo”. “Depois vou buscar informações para entender o que ocorreu e adotar as medidas necessárias.”

No Condomínio Genoveva Jaffet, prédio de 54 unidades localizado no bairro do Paraíso, centro expandido de São Paulo, prevalecem a escuta e a acolhida, destaca a síndica. “É um relacionamento que conquistamos ao longo do tempo entre os moradores, gestores e funcionários.” Na fase mais restritiva da quarentena, Guiomar diz que conversou individualmente com cada morador, para verificar se havia alguém com dificuldade financeira que demandasse negociação para o pagamento do condomínio, ao mesmo tempo em que condôminos se dispuseram a ajudar os vizinhos: Uma médica ofereceu consultas on-line gratuitas; moradores começaram a fazer compras para pessoas do grupo de risco; um condômino produziu um protótipo, com impressora 3D, para abertura das portas dos elevadores sem necessidade de acioná-las com as mãos. “A postura de empatia, de se preocupar com o outro, cria um ambiente mais harmônico, saudável e solidário”, arremata Guiomar.

Fonte: Revista Direcional Condomínios

 

Home office impulsiona startups do setor imobiliário na pandemia

Empresas veem aumento de mais de 200% na demanda por aluguel e compra de imóveis

Contrariando as próprias expectativas iniciais, startups do setor imobiliário tiveram um aumento de suas carteiras no período da pandemia.

As chamadas proptechs, junção das palavras em inglês property technology, ou tecnologia imobiliária, representam apenas 1,25% das 13.307 empresas contabilizadas até hoje pela base de dados da Abstartups, entidade que reúne estatísticas do setor. 

Mas o segmento já produziu dois dos 12 unicórnios nacionais, ou seja, entraram para a seleta lista das startups que atingiram valor de mercado de US$ 1 bilhão. E, durante a pandemia, passado o primeiro susto, muitas delas viram os números cresceram.

“No começo foi um susto, as pessoas de repente pararam de alugar e comprar”, lembra André Penha, cofundador do QuintoAndar. O sobressalto não foi à toa: o modelo de negócio da startup prevê que o proprietário do imóvel locado por meio da plataforma receba seu dinheiro todo mês, mesmo  que o inquilino atrase. 

A empresa desembolsou mais de R$ 50 milhões em alugueis atrasados no período crítico da pandemia (de abril a setembro deste ano), o que equivale a aproximadamente 25% do que já precisou cobrir desde o início do programa de Proteção QuintoAndar, que assegura a cobertura.

Mas a busca por lares que servissem também como ambiente de trabalho , e o movimento de pessoas para longe dos centros, atrás de baratear gastos com moradia, acabou revertendo o processo. Só em setembro, foram fechados mais de 6 mil novos contratos, superando patamares pré-pandemia.

Desde a primeira semana de abril até a última de setembro, houve um aumento de 184% no número de imóveis anunciados no site e no aplicativo. Já o número de buscas teve um salto de 229%. Essa movimentação gerou um total de 440 novos contratos assinados na última semana de agosto, ante 100 da primeira semana de abril. A plataforma informa que um dos imóveis ali listados é alugado a cada sete minutos. “Estamos muito maiores hoje que antes da pandemia”, garante Penha.

Da mesma forma, Mate Pencz, cofundador da Loft, outro unicórnio brasileiro, viu a retomada da procura e das vendas em junho passado. “Começamos a perceber que estávamos em patamares superiores ao mês de março, que até então havia sido nosso recorde, e desde então tem sido um novo recorde todo mês, com crescimento de 10%, 20% e até 30%”, afirma. 

No total, Pencz conta que o volume de vendas no terceiro trimestre aumentou cerca de 220% em relação ao segundo. “Este aumento é muito maior do que o registrado na comparação com o ano passado, que girou em torno de 70%”,  diz o empresário.

Para Pencz, esse crescimento está diretamente ligado ao cenário financeiro. “Entendemos que o motivo são as melhores condições em décadas no Brasil para se adquirir um imóvel, com juros no piso histórico e acesso facilitado ao financiamento”, explica.

Para ampliar a oferta de serviços oferecidos aos clientes, o empresário conta que a Loft adquiriu, em setembro, a Invest Mais. “Com ela, nos tornamos uma das cinco maiores originadoras de financiamento do mercado secundário, que inclui todos os apartamentos menos os lançamentos”, diz. Ele projeta que, com a aquisição, a operação de crédito da empresa supere R$ 1 bilhão ao ano.

O aumento na movimentação do mercado de moradia não foi sentido apenas entre os unicórnios, mas também por startups menores, como a Coliiv. 

Voltada para intermediar o compartilhamento de imóveis por meio da análise dos perfis dos candidatos, a empresa criada por Veronique Forat e Marta Monteiro foi surpreendida pela pandemia em pleno processo de reformulação de sua plataforma. 

“Continuamos a receber uma demanda orgânica, porque nossa campanha de captação de usuários para valer só começará em novembro”, 

Voltada para intermediar o compartilhamento de imóveis por meio da análise dos perfis dos candidatos, a empresa criada por Veronique Forat e Marta Monteiro foi surpreendida pela pandemia em pleno processo de reformulação de sua plataforma.

“Continuamos a receber uma demanda orgânica, porque nossa campanha de captação de usuários para valer só começará em novembro”, explica Veronique. “Mas em nenhum momento diminuiu a procura, ao contrário, o número de perfis e cadastramentos só aumentou”, garante ela.

A Coliiv recebeu aporte de investimentos e mentoria da Potato Valley Ventures, fundo de investimentos especializado em construtechs e proptechs, que hoje detém 25% do capital da startup.

A empresa conta com uma base de mais de 10 mil usuários de todas as idades e já contabilizou mais de 1.000 matches nos últimos três anos – sendo que na maior parte desse tempo, o cruzamento dos perfis era feito manualmente, sem o uso de tecnologia. “Fazíamos tudo à mão, em planilhas Excel, cada match nos tomava até duas horas, o algoritmo éramos nós”, lembra Veronique. 

Ela credita a esse olhar pessoal o sucesso da empreitada. Desde que começaram, mais de 90% dos usuários da plataforma confirmaram que realmente combinam com seus matches. “Nosso diferencial é a capacidade de juntar pessoas que tenham afinidades para morar juntas, o que não é fácil”, explica. 

Agora, a startup se prepara para escalar no mercado, com o desenvolvimento de ferramentas digitais que aperfeiçoam o processo e permitem incluir novas ferramentas.

Fonte: Folha de São Paulo

 

 

Boom de assembleias com o fim da vigência da Lei 14.010/2020

Condomínios correm para se regularizar com a aproximação do prazo da Lei 14.010, que prorroga mandato de síndicos e permite assembleias virtuais até 30/10

Condomínios com mandatos de síndicos vencidos a partir de 20 de março precisam correr contra o tempo. No dia 30 de outubro, chega ao fim a vigência da Lei 14.010/2020, que prorroga o mandato de síndico em casos de impossibilidade de realização de assembleias virtuais.

A modalidade está autorizada, em caráter emergencial, pelo artigo 12 da referida lei, também conhecida como Regime Jurídico Emergencial e Transitório das relações jurídicas de Direito Privado (RJET) no período da pandemia de COVID-19.

José Roberto Graiche Júnior, vice-presidente do Grupo Graiche, conta que na carteira de sua administradora realmente ficaram muitas assembleias represadas e que mesmo alertados, como bons brasileiros, os condomínios deixaram para fazer em cima da hora.

“Houve um acúmulo de mandatos vencidos e assembleias por fazer e desde setembro estamos a todo vapor. Dos nossos 800 condomínios, cerca de 15% estão com mandatos de síndico a vencer até o dia 30/10. Até assembleias durante o dia e aos sábados estamos realizando”, diz Graiche Júnior, que está com cinco equipes dedicadas à assembleia digital.

Interpretação jurídica: Lei 14.010 vale até o fim da pandemia? 

A verdade é que ninguém esperava que a pandemia fosse se estender por tanto tempo – nem os legisladores – e que até 30 de outubro a situação teria sido superada.

Mas com a vacina ainda no campo da expectativa, a pandemia prevalece e o distanciamento social continua sendo uma das medidas mais eficazes para se evitar o contágio – e um empecilho às assembleias presenciais (físicas).

O advogado André Luiz Junqueira lembra que o principal motivo da criação dessa lei é a pandemia, que continua, e abre brecha de interpretação: “enquanto durar a pandemia, o condomínio pode se utilizar, sim, da assembleia virtual até a pandemia acabar, independente da data de vigência”, opina. 

Já a posição da Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (AABIC) é mais conservadora sobre realizar assembleia virtual depois do dia 30.

“Não trabalhamos com tese. Enquanto não há uma pacificação do judiciário, temos que alertar para o risco e minimizar com alternativas para evitar problemas maiores”, afirma Graiche Júnior, que também é presidente da AABIC.

Embora esteja em tramitação o Projeto de Lei 2323/2020, que, entre outras coisas, permite que as assembleias virtuais permaneçam mesmo após a pandemia, tanto Graiche quanto Junqueira dizem não ver nenhuma movimentação efetiva nesse sentido nas casas legislativas neste momento. 

Para quem não quer pagar para ver, só há uma alternativa: fazer uma assembleia até 30 de outubro para que o condomínio não fique sem representatividade e com prestação de contas pendentes (veja mais ao final da matéria sobre os riscos).

Estreia na assembleia digital mesmo com metade dos condôminos idosos

Foi o que fez em agosto a aposentada Maria Alice Batista Poletto, síndica de um condomínio com 44 unidades em Moema, na cidade de São Paulo. O empreendimento também fez o seu debut na modalidade de assembleia digital, mesmo com 50% de idosos – o condômino mais velho, de 80 anos, fez questão de votar (com auxílio do filho).

“Estava bastante preocupada, mas funcionou muito bem. A experiência e a adesão na assembleia digital superaram a expectativa. A participação do pessoal foi muito maior do que na presencial. Diferente desta, em que há sempre pessoas que se exaltam e fogem do foco, na digital as dúvidas foram sendo respondidas antecipadamente com muita organização e sempre dentro da pauta“, relata a síndica, no cargo pela segunda vez.

Além de ajudar a contornar o problema da pandemia, Maria Alice conta que a assembleia digital trouxe um efeito colateral positivo: participação efetiva dos condôminos. Segundo ela, em seu condomínio usava-se muitas procurações, que ficavam concentradas nas mãos de dois condôminos que dominavam as votações.

“Quem costumava dar procuração acabou participando efetivamente. Tivemos nesta assembleia digital cerca de 30 condôminos, enquanto na presencial eram sempre sete pessoas mais 20 procurações. Mesmo quem mora em outra cidade ou fora do Brasil, participou”, comemora ela, que compartilha do sucesso com a administradora GK, que forneceu a ferramenta, orientou e deu o suporte necessário. Ela pretende repetir a experiência.

Assembleia presencial: pauta enxuta, local bem ventilado e distanciamento seguro

Embora a assembleia virtual seja o meio mais seguro para evitar qualquer risco de contaminação pelo coronavírus, já provado ser altamente contagioso, há condomínios que optaram pela modalidade tradicional presencial, tomando as devidas precauções para minimizar os riscos. 

Foi o caso do condomínio em que o engenheiro Alfredo Vieira das Neves Junior é síndico há um ano e meio. O empreendimento tem 11 torres no bairro da Casa Verde, em São Paulo.

“Testamos a ferramenta digital e, como vários condôminos apresentaram dificuldades, eles próprios optaram pela assembleia presencial. Aguardamos a cidade chegar na fase laranja de reabertura para iniciar as rodadas de reuniões nas torres nos meses de setembro e outubro”, explica.

No condomínio com 836 unidades em que moram 2.700 pessoas, foram estipuladas regras para a viabilidade das assembleias: 

  • apenas um representante por unidade
  • uso de máscara
  • distanciamento entre as pessoas
  • cada um levando a sua própria caneta.

As reuniões foram feitas no espaçoso salão de festas, mantendo as janelas grandes abertas com ventilação natural.

“Precisava fazer eleição dos subsíndicos das torres, que deveria ter acontecido em abril. A pauta foi enxuta: eleição e aprovação de previsão orçamentária. Em algumas torres, houve sorteio de vagas de garagem. A duração das reuniões foi de 45 minutos a uma hora.”

Síndico de um condomínio no Morumbi com apenas 16 unidades, o economista Claudio Marcos Silva também realizou assembleia presencial pelos mesmos motivos: o perfil dos moradores não se adequou ao virtual. Na assembleia realizada dia 30 de setembro (antes prevista para março), participaram menos de 10 pessoas. 

“Tomamos todas as precauções, com distanciamento, uso de máscara e ventilação natural no salão de festas. A pauta teve apenas dois itens: aprovação da prestação de contas do exercício anterior e previsão orçamentária até abril”, explica.

Assembleia física: risco de invalidação

O advogado André Junqueira recomenda que os condomínios que optarem pela assembleia física devem providenciar um mecanismo de voto virtual para que aqueles que não quiserem se arriscar indo presencialmente.

“Se é feita uma assembleia física somente, as pessoas que não quiserem se arriscar, por não participar, podem buscar invalidação dessa assembleia“, sinaliza Junqueira.

Para ele, a assembleia física que não viabiliza a participação virtual para quem não se sente a vontade de ir, incorre em insegurança jurídica superior à virtual neste momento de pandemia porque prejudica o direito de participação e de voto do condômino que não quer se arriscar.    

Mandato do síndico venceu: o que fazer?

Se não foi feita eleição de síndico até o dia 30 de outubro e em não havendo mais prorrogação da vigência da Lei 14.010, o advogado André Junqueira recomenda que nada seja feito no desespero.

“A pressa é inimiga da perfeição e, neste caso, prejudica a saúde física e jurídica. Busque assessoria junto à sua administradora, ao seu advogado para fazer uma assembleia virtual ou, mesmo que eu não recomende, uma assembleia física permitindo que condôminos participem virtualmente”, orienta Junqueira.

O advogado especializado em condomínios conta que vários condomínios clientes seus optaram por não fazer nenhuma assembleia durante a pandemia, nem virtual e nem física, por receio de fazer algo errado.

“Respeito a decisão, mas não dá para não fazer assembleias durante muito tempo porque existe o dever de prestação de contas, tem a previsão orçamentária, estamos em uma outra realidade econômico-financeira do Brasil”, alerta Junqueira. 

Os problemas do condomínio sem representatividade

Um condomínio sem síndico pode acarretar para si vários problemas – risco iminente daqueles com mandatos vencidos a partir de 30 de outubro e que não realizarem eleições: 

  • bancos podem começar a restringir os acessos e bloquear movimentações
  • problemas na renovação do certificado digital
  • problemas junto à Receita Federal e eSocial
  • não cumprimento de obrigações trabalhistas, como liberação de fundo de garantia
  • condomínio declarado revel em audiência trabalhista
  • ações em trâmite, que poderão ser paralisadas enquanto perdurar a irregularidade.

O dilema da assembleia virtual em condomínios: segurança jurídica 

Não é de hoje que há correntes favoráveis e contrárias à realização da assembleia virtual. Mas fato é que a pandemia forçou e acelerou inovações no mercado condominial, por pura necessidade, inclusive nas assembleias.

André Junqueira é um dos defensores da assembleia virtual há tempos. Para ele deve haver regramento específico para viabilizar a participação e voto de todos os condôminos, geralmente aprovado em assembleia prévia. 

“Não há necessidade de previsão na Convenção, mas esta não pode proibi-la, o que é raro”, diz.  

Já para José Roberto Graiche Júnior, da AABIC, é recomendável que haja previsão da assembleia virtual na Convenção e, quando não estiver, o condomínio precisa conseguir comprovar que todos os condôminos têm condições de participar da assembleia virtual.

De acordo com ele, durante a pandemia, a AABIC chamou os maiores fornecedores de plataformas de assembleia digital do mercado para discutir implementações para aperfeiçoamento dos sistemas de forma a trazer mais segurança e evitar eventuais impugnações.

A atenção especial de melhorias foi direcionada a elementos fundamentais das assembleias, como:

  • lista de inscritos
  • lista de presença
  • contagem de votos
  • integração da plataforma com vídeo e chat

“Durante a pandemia, os softwares e aplicativos foram ainda mais aperfeiçoados para oferecer maior segurança jurídica. A partir do momento que sentiu-se segurança em utilizar as plataformas, mais administradoras começaram a fazer assembleias virtuais”, explica o presidente da AABIC.

Usando massivamente a modalidade virtual em sua empresa, Graiche relata que surgiram dificuldades nos condomínios que realizaram pela primeira vez, o que é esperado.

“Tivemos poucos problemas e o mais importante: não houve nenhuma contestação. Foi positivo, fluiu bem e dobrou o número de participação: as pessoas estão mais interessadas no seu patrimônio hoje, em decorrência da própria pandemia e dos impactos na dinâmica condominial”, diz Graiche Júnior.

Na visão dele, a tendência será a assembleia híbrida ao vivo: parte presencial e parte via plataforma tecnológica, com a familiarização das pessoas com o tempo.

Fonte: Síndiconet

Conheça os 6 C’s das confusões dentro dos condomínios

Mesmo para as pessoas que não moram em condomínios, sempre existem aqueles que acabam tendo problemas com os vizinhos. Mas você já ouviu falar nos 6 C’s dos conflitos em condomínio?

Não é nada fácil manter uma boa convivência nos condomínios, afinal, cada morador possui  suas vontades, rotinas e hábitos, e isso acaba tornando mais difícil ainda. Os 6C’s são conhecidos por todas as palavras começarem com a letra C: Controle de acesso, Carro, Cachorro, Criança e Calote.

Analisando a vida dos condôminos e síndicos, os especialistas chegaram à conclusão que essas palavras estão relacionadas com situações que acontecem no dia-a-dia, entre moradores e até mesmo com os funcionários dos condomínios, se observar mais a funda essas palavras chaves e como elas interferem no âmbito condominial, é possível que ajude a melhorar a convivência dentro dos condomínios.

Controle de acesso

O condomínio na maioria das vezes é procurado por conta da segurança que ele oferece, portanto, um sistema de controle de acesso eficiente é essencial para qualquer empreendimento. Ele precisa atuar desde a entrada e saída de de condôminos, visitantes, funcionários, prestadores de serviços e veículos; até no controle e no monitoramento de todo o condomínio e o que acontece dentro e ao redor dele.

Se esse serviço for automatizado, atualizado e com boas tecnologias é uma garantia a mais que o condomínio e os seus moradores estão mais seguros, já que as entradas e saídas ficam registradas em centrais, e dessa forma é possível saber quem permitiu o acesso dos visitantes e prestadores de serviços e se acontecer algum problema, fica mais fácil encontrar o responsável.

Carro

Essa palavra está relacionada aos conflitos por conta de problemas nos estacionamentos dos condomínios, como por exemplo, arranhões na lataria, batidas em carros de moradores, ou até mesmo o fato de utilizarem as vagas de garagem dos vizinhos sem a permissão. E aí acaba sobrando para o síndico ter que mediar esses tipos de conflitos.

Para solucionar essas confusões com os carros, o condomínio pode ver a possibilidade de contratar manobristas, terceirizar o estacionamento, e em último caso, se preciso for, fazer o redesenho das vagas de garagem.

Possuir um sistema de monitoramento, câmeras de vigilância, para identificar os autores dos danos nos veículos, e assim puni-los, podem ajudar a melhorar a segurança e diminuir os conflitos relacionados ao assunto carro.

Cachorros

O problema animal doméstico no condomínio são motivos das maiores polêmicas que poderia existir dentro desses empreendimentos. Muitas das reclamações são por conta dos barulhos dos latidos, ou a sujeira, e até mesmo a segurança (isso no caso dos animais mais agressivos).

Para o síndico amenizar ou até controlar esses conflitos é recomendado que faça cumprir as regras do Regimento Interno. Caso necessário, especifique regras pra o uso do elevador, entrada na garagem, circulação pelas áreas comuns, e o uso da focinheira.

Se o condômino responsável pelo pet não obedecer às regras, ele deverá sofrer as devidas punições. Em casos mais extremos, o mesmo poderá até ser expulso do condomínio.

Neste caso, a instalação de câmeras de segurança também ajuda identificar os moradores que insistem em infringir as regras.

Cano

Os vazamentos não ficam de fora das listas dos conflitos, pois também causam dores de cabeças. No caso dos empreendimentos mais antigos, quando o encanamento pode apresentar falhas, que geralmente acabam demorando para serem descobertas, a situação de conflito por esse motivo é mais fácil de acontecer.

Mas para evitar esse tipo de problema, o síndico precisa estar atento aos prazos da manutenção preventiva, é assim evitar despesas extras. Lembrando que a responsabilidade do síndico em prevenir e reparar danos fica restrito somente às áreas comuns. Porta to, se o vazamento estiver numa unidade, cabe ao condômino providenciar o conserto.

Criança

Criança em condomínio é muito comum, ainda mais solta pelas áreas comuns. Desse modo, também acabam aprontando, principalmente quando se juntam. Tocam campainhas nas unidades, correm pelas escadarias, sobem e descem pelos elevadores sem parar, fora as bicicletas e skates que ficam espalhadas em determinados lugares que não deveriam.

Mas muita calma nessa hora. As câmeras de monitoramento também ajudam nessa situação, já que é possível identificar de qual unidade a criança desobediente pertence, assim, o síndico poderá conversar com os pais ou responsáveis para que estejam cientes das travessuras da criançada.

A recomendação é que crie áreas destinadas ao lazer das crianças, não importa se forem espaços adaptados, o importante é ter um espaço para eles se divertirem sem prejudicar o condomínio.

Calote

E por último, não menos importante, o calote. O condômino passa a ser inadimplente quando não consegue pagar a cota condominial em dia. Mas a maioria dos síndicos só consideram realmente atraso quando o atraso passa de uma parcela.

De todo modo, esse é um problema que também acaba afetando o restante dos moradores, tendo em vista que que prejudica o caixa do condomínio. O Código Civil prevê uma

Multa de 2% e juros de até 1% ao mês para os valores que tiverem em atraso. O restante do percentual mensal acaba variando de acordo com a Convenção de casa condomínio.

Mas vale lembrar que com a atualização do Código de Processo Civil, em 2016, as normas para cobrança ficaram mais severas, o que ajudou muito a vida dos síndicos na hora de diminuir a inadimplência dos condomínios.

E aí gostou de conhecer quais são os 6 C’s dos conflitos dentro dos condomínios? Se você ainda não sabia sobre essas dicas de como ajudar a amenizar esses problemas, aproveite para colocá-lo em prática dentro do seu condomínio.

Fonte: Síndico Legal

Manutenção elétrica pode reduzir custos e evitar tragédias em condomínios

Tanto nas unidades privativas quanto nas áreas comuns, a manutenção elétrica é uma questão indispensável para a segurança dos moradores, trabalhadores e demais pessoas que circulam pelo condomínio.

Para passar algumas dicas práticas, o Viva o Condomínio entrevistou a gerente comercial da empresa NQ Elétrica, Roberta Silva, para passar algumas informações úteis para procedimentos de segurança e economia de energia elétrica nos condomínios.

Viva o Condomínio: Quais os riscos da falta de manutenção elétrica nos condomínios?

NQ Elétrica: Superaquecimento de equipamentos, aumento de gasto com energia elétrica e manutenção corretiva, além do risco de incêndio em decorrência de um curto circuito.

VC: Qual a responsabilidade do síndico?

NQ: Cabe ao síndico contratar uma empresa qualificada e especializada para fazer uma vistoria periódica, conforme a idade do prédio, na rede elétrica da área comum do condomínio.

VC: Existem sinais de que o prédio precisa de manutenção?

NQ: Sim. Desligamento constante de disjuntores; oscilação de energia; queima constante de equipamentos, como bombas d’água e lâmpadas. Além disso, fiações expostas (o que pode ocasionar um choque elétrico).

VC: Quais medidas de prevenção o condomínio deve tomar?

NQ: Contratar uma empresa especializada e habilitada para fazer manutenção elétrica preventiva. Na hora da seleção, vale observar se os profissionais são habilitados nas certificações: NR10 (norma de segurança técnica); NR35 (norma para trabalho em altura); NBR5410 (norma que determina condições e regras para instalações elétricas). Além disso, a empresa contratada precisa ter o PCMSO (Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional) em dia, e também o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), com todos os documentos dentro da data de validade, pois alguns cursos têm data de validade (como por exemplo a NR10 e a NR35). A empresa também precisa do alvará de funcionamento. É de responsabilidade do contratante (no caso do condomínio, é do síndico) exigir a documentação, pois caso ocorra algum problema, como uma queda de altura do prestador de serviços (que não tem a NR35, por exemplo), o acidente é responsabilidade de quem o contratou.

VC: Moradores geralmente não sabem como agir em casos de incêndio. Além de divulgar os métodos de prevenção, o que pode ser feito caso haja uma emergência?

NQ: Nas áreas comuns do condomínio, é recomendado deixar bem visíveis informações como: número do corpo de bombeiros, localização de hidrantes, extintores de incêndio e saída de emergência.

Diante do pânico, os moradores se desesperam e tomam medidas que podem agravar ainda mais a situação.

Em caso de emergência, a recomendação é ligar para o corpo de bombeiros; acionar a chamada de emergência; manter-se em lugar visível para que possa ser socorrido pelos bombeiros. Em hipótese alguma pegar o elevador, pois em caso de incêndio, há o corte de energia e a vítima pode ficar presa.

VC: É possível economizar na conta de energia elétrica através da manutenção preventiva?

NQ: Sim. Através da manutenção preventiva é possível encontrar diversas soluções. Nossa empresa desenvolveu o filtro capacitivo, que protege e otimiza a rede elétrica local contra distorções causadas por surtos, gerando qualidade na energia elétrica e, por consequência, maior desempenho e durabilidade de equipamentos.

Com a instalação do filtro capacitivo, a energia circulante dentro do condomínio torna-se mais eficiente e a rede fica protegida de descargas elétricas e das correntes harmônicas indesejadas, pois elas são as responsáveis pelo aumento no gasto com energia elétrica e consequentemente redução da vida útil de equipamentos, como bomba d’água e lâmpadas. Ao instalar o filtro capacitivo, a energia chega limpa até rede elétrica do condomínio, reduzindo de 8 a 20% o consumo mensal.

Por: Redação Viva o Condomínio

Débito condominial

STJ: proprietário é responsável por dívida de seu mutuário

Dono do imóvel pode ser responsabilizado por dívida condominial mesmo que morador tenha feito acordo de pagamento

A justiça decidiu que o proprietário do imóvel é o responsável pela dívida condominial de seu mutuário, mesmo ele tendo assumido a responsabilidade e feito um acordo com condomínio para pagamento. O entendimento foi fixado por maioria de votos pela Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ao manter acórdão do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR).

O mutuário firmou um acordo com o condomínio para pagar a dívida condominial, assumindo a reponsabilidade pelo pagamento. No entanto, com a inadimplência , o condomínio cobrou a cooperativa proprietária do bem na justiça, que entendeu que não tinha responsabilidade sobre a dívida, já que o morador fez um acordo e se responsabilizou por ela. A dívida teria passado a ter um caráter pessoal e não mais com o imóvel.

A relatora do processo, ministra Nancy Andrighi, apontou que as obrigações propter rem – que vinculam as dívidas diretamente ao imóvel —, entre as quais se incluem os débitos condominiais, são dotadas de “ambulatoriedade”, ou seja, independentemente da vontade dos envolvidos, o dever de satisfazê-las. Dessa forma, em última instância, o proprietário é o responsável pela dívida. Como o imóvel ainda nao foi quitado, seria a cooperativa.

Em seu voto, a relatora observou que, apesar da previsão do artigo 472 do Código de Processo Civil de 1973, no sentido de que os efeitos da coisa julgada atingem apenas as partes do processo, a regra comporta exceções, de forma que esses efeitos podem atingir também terceiros que não participaram da formação do litígio.

Partindo da premissa de que, em última análise, o próprio imóvel gerador das despesas constitui garantia do pagamento da dívida, deve-se admitir a inclusão do proprietário no cumprimento de sentença em curso”, concluiu.

Ao manter o acórdão recorrido, Nancy Andrighi também destacou o entendimento do TJPR segundo o qual a existência do acordo entre o condômino e o condomínio – que, na realidade, nem chegou a ser totalmente cumprido – resulta apenas em reconhecimento do débito, mas não retira o caráter vinculante da dívida, com todas as suas consequências legais.

Para o advogado Marcos Tiraboschi, sócio do escritório Melcheds – Mello e Rached Advogados, a lei é clara sobre a vinculação do imóvel a dívida. Dessa forma, o proprietário deve pagar para não perder o bem. Mas pode cobrar do mutuário depois.

“Essa cobrança já seria um outro caráter de dívida, entre a instituição credora e o mutuário. Dívidas relacionadas ao imóvel são em última instância responsabilidade do proprietário”, esclarece.

Fonte: https://extra.globo.com

Falta de AVCB pode render multa pesada ao condomínio

Documento emitido pelo Corpo de Bombeiros após vistoria certifica a segurança do prédio

A prevenção de incêndios em condomínios é essencial para preservar a vida de moradores e colaboradores. Além de ter o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) em dia, especialistas destacam que a equipe gestora deve cuidar da manutenção dos equipamentos, treinar pessoas e estar atenta a possíveis riscos.

Se houver uma vistoria do Corpo de Bombeiros e forem encontradas irregularidades que comprometam a segurança do prédio, o fiscal pode aplicar advertência, multa e até cassar a licença do AVCB. A multa varia conforme a gravidade da infração, começando em R$ 276,10 e podendo chegar a R$ 276.100,00. Além disso, dependendo da situação, o síndico pode responder de forma civil ou criminal.

O advogado Fernando Zito explica que o AVCB é um laudo técnico que certifica a segurança da edificação contra o risco de incêndios. Dentre os objetivos do documento estão proteger a vida, dificultar a propagação de um incêndio, permitir meios de extinção do fogo e reduzir danos ao meio ambiente e patrimônio.

Desde abril do ano passado, os bombeiros podem fazer vistorias em edificações sem aviso prévio. “Eles avaliam o cumprimento do Auto, não basta só ter o documento”, explica Zito.

Segundo Juliana Parente, gerente administrativo do Grupo Graiche, desde que os bombeiros passaram a fiscalizar diretamente, os síndicos têm procurado mais a administradora para regularizar a situação.

Juliana afirma que dos 800 condomínios administrados pela empresa no estado de São Paulo, 60% têm o AVCB válido, 20% estão com o procedimento em andamento e 15% vencidos. “Os vencidos são prédios muito antigos que precisam realizar muitas adequações com custo alto.”

Nestes casos, os locais precisam fazer uma programação financeira e aprovar em assembleia antes de começar o processo. “Nós sempre tentamos informar e conscientizar sobre a importância da renovação.”

Paulo Rewald, engenheiro e diretor de Normalização da vice-presidência de Tecnologia e Sustentabilidade do Secovi-SP, explica que há diversas regras que devem ser cumpridas conforme a edificação. As mais comuns envolvem o treinamento da brigada de incêndio, desobstrução das rotas de fuga, verificação de equipamentos como iluminação de emergência, mangueiras e extintores, por exemplo.

Mantenha o prédio regularizado
O que é AVCB
  • Auto de Vistoria dos Corpos de Bombeiros
  • Documento que comprova a segurança da edificação no combate de incêndios
  • Prédios residenciais devem renová-lo a cada cinco anos
  • O Decreto Estadual Nº 63.911/18 regulamenta a questão de segurança contra incêndio em São Paulo
  • Desde abril de 2019, bombeiros podem fazer vistorias nos prédios sem aviso prévio
  • Além da necessidade de ter o AVCB, a fiscalização inclui avaliar se o documento está sendo cumprido
Principais objetivos do AVCB
  • Proteger a vida dos ocupantes do local
  • Dificultar a propagação de um incêndio
  • Proporcionar meios de controle de extinção de incêndio
  • Reduzir danos ao meio ambiente e patrimônio
Situação dos prédios
  • Em geral, os prédios mais novos costumam ter o AVCB, para que a ocupação ocorra
  • Já prédios mais antigos, anteriores as leis atuais, podem ter dificuldades financeiras e estruturais para se adaptar
  • Ainda assim, há normas específicas para que estes edifícios também sejam seguros
  • É importante que haja uma assembleia abordando, o que será feito e quando vai custar
Como obter ou renovar

Além das decisões em assembleia, em geral:

  • Condomínios contratam uma empresa especializada para fazer vistoria e identificar pontos que precisam ser readequados
  • Alguns prédios antigos podem precisar elaborar um projeto de segurança contra incêndio
  • Os prédios providenciam as correções com acompanhamento profissional
  • Após cumprir o que a legislação determina, há o pedido para que o Corpo de Bombeiros faça a vistoria e, assim, emitir ou renovar o AVCB
Prejuízos da irregularidade
  • Há despreparo em situações de incêndio e risco à vida dos condôminos
  • Caso o prédio não tenha ou esteja vencido, algumas seguradoras não pagam o valor do prêmio após acidente, alegando falta de segurança
  • Dependendo da situação, o síndico pode responder de forma civil ou criminal na justiça
  • Se o prédio estiver irregular mesmo com o AVCB dentro da validade, o corpo de bombeiros tem o direito de advertir, multar e até cassar a licença
  • As multas variam de R$ 276,10 a R$ 276.100,00 conforme a gravidade da infração
Como manter o prédio regularizado

Há vários requisitos que atestam a segurança do edifício, os mais comuns envolvem:

  • Ficar atento às regras de segurança
  • Manter rotas de fuga desobstruídas
  • Corredores e escadas não devem ter obstáculos
  • Ter sinalização adequada
  • Treinar a equipe da Brigada de Incêndio
  • Curso em que as pessoas responsáveis aprendem manusear equipamentos e como ajudar em casos de incêndio
  • Verificar o funcionamento de equipamentos como extintores, mangueiras, iluminação de emergência, hidrantes e bomba de pressão periodicamente
  • Em caso de vencimento, fazer a troca ou recarga do item imediatamente
  • Os equipamentos de proteção contra incêndio devem ser certificados pelo INMETRO
  • Isolar áreas de risco
  • Prédios com cilindro de gás, por exemplo, devem mantê-los protegidos por grades e com ventilação adequada
  • Atenção: em função da idade e estrutura do edifício, pode haver necessidades específicas de adequação
Consulte o AVCB do seu prédio
  • Acesse o site
  • Clique em “Pesquisa Pública” e escolha a consulta de Licenças por número ou endereço
  • Insira os dados solicitados e veja o documento
Fernando Zito, advogado especializado em direito condominial – Juliana Parente, Gerente Administrativo do Grupo Graiche – Paulo Rewald, engenheiro e diretor de Normalização da vice-presidência de Tecnologia e Sustentabilidade do Secovi-SP – Corpo de Bombeiros São Paulo

Fonte: Agora

Confira 12 hábitos para uma manutenção de piscina nota dez

Estação nova batendo a porta e logo as piscinas virarão a atração do momento. E você, síndico, administrador do clube, gerente do hotel, o que tem aprendido sobre o uso e o tratamento da piscina? Houve melhorias nos últimos tempos? As reclamações só mudam de ano?

Listo aqui 12 hábitos que farão de você um administrador de piscinas de excelência:

1) Delegue! Tenha alguém de confiança, que tenha conhecimento técnico para cuidar do tratamento da água e do estoque de produtos. Seja um excelente administrador! Você não precisa saber de tudo, mas precisa conhecer quem sabe;

2) Ofereça e estimule treinamentos e atualizações para os piscineiros. Ainda é forte a ideia de que tratar piscinas é coisa fácil, simples e rápida, de que é pra qualquer um… Acredite: não é! Por isso, existem pessoas que dedicam suas vidas a estudá-las;

3) Faça um estoque de produtos para dois meses. Assim, você não terá surpresas caso seja necessário fazer um tratamento de choque (como em um acidente fecal);

4)  Cogite instalar um tratamento complementar, como ionizador, ozonizador, lâmpada UV;

5) Se sua piscina tiver alto fluxo de pessoas ou se você utiliza produtos clorados líquidos ou outros oxidantes como peróxido de hidrogênio, automatize o sistema. Instale bombas semiautomáticas ou automáticas para cloro e correção de pH. Geradores de cloro também são uma boa solução, desde que o pH seja verificado com frequência. Alguns estados obrigam que todas as piscinas públicas sejam automatizadas;

6) Tenha um livro de anotações diárias de cada piscina. Confira os parâmetros ao menos três vezes por dia, de preferência com intervalos mínimos de 4 horas (pH, cloro livre e temperatura da água são estabelecidos pela NBR 10.818 e por várias resoluções estaduais, mas ainda sugiro o controle de alcalinidade total, dureza cálcica, ORP, sólidos totais dissolvidos e ácido isocianurico);

7) Realize mensalmente análises microbiológicas da água;

8) Escute os elogios feitos pelos usuários da piscina, mas ouça as críticas com muito mais atenção;

9) Zele pela segurança no espaço aquático. Este item, JAMAIS deve ter que aguardar. Siga a NBR 10.339 e as normas regulamentadoras do corpo de bombeiros militar do seu estado;

10) Tenha um espaço para os produtos, fora da casa de máquinas (leia o artigo: como armazenar produtos químicos da piscina);

11) Tenha ao menos uma motobomba extra, se possível, um filtro também;

12) Cumpra as normas e leis vigentes, independente da fiscalização. Faça o que é certo!

Desejo um verão incrível a todos, repleto de água cristalina e saudável.

Escrito por: Fernanda C. Brietzig 

Fonte: No Condomínio