O Edifício Holiday, um marco arquitetônico de Recife-PE, foi desocupado em março/19, após determinação judicial.
No entanto, 2 meses depois da ação da prefeitura, que retirou 3 mil pessoas de um dos condomínios mais conhecidos da cidade, nada foi feito.
Muitos destes condôminos estão sem moradia, uma vez que empreedimento, condenado pelo Corpo de Bombeiros e Defesa Civil, somente voltará a ser habitado após a conclusão da reforma.
Inadimplência
Porém sem recursos e com a inadimplência cada vez maior, síndico, administrador e moradores estão sem alternativas no momento.
Desde 1957 ele desponta na paisagem da orla mais famosa do Recife, no bairro Boa Viagem.
Desvalorização imóveis
O empreendimento que antes eram símbolo da expansão imobiliária, atualmente tornou-se opção para moradia de baixo custo.
O valor da locação variava entre R$ 350,00 e R$ 500,00, montantes inferiores aos prédios vizinhos.
O m2 nesta região, segundo Fipe/zap 2018, um dos mais caros do Recife, vale R$ 6.350,00.
Negligência / Imperícia
Além de contar com apartamentos pequenos, a ausência de conservação e manutenção levou à interdição do imóvel.
A pintura gasta dos corredores e o emaranhado de fios denunciam a falta de zelo, ademais em março/19 uma pane elétrica deixou os moradores sem luz por dias.
A companhia energética de Pernambuco Celpe decidiu não religar o sistema por falta de segurança pouco depois do apagão.
Assim, Tribunal de Justiça de Pernambuco ordenou a desocupação do prédio, que possui 476 unidades, espalhadas por 17 andares.
O juiz entendeu os argumentos da Prefeitura e do Corpo de Bombeiros que havia risco de incêndio e desmoronamento.
Consequências
O síndico, Sr. José Rufino, está morando em frente ao Edifício Holiday dentro de seu carro, para facilitar as cobranças e pleitos.
Cerca de 50% dos condôminos estão inadimplentes, até pela situação financeira complicada que todos ficaram devido ao fechamento.
Estima-se um volume mínimo de R$ 300 mil para que sejam executadas as obras essenciais para que as pessoas possam voltar.
Contudo, por ora, ainda sem perspectivas, todos buscam alternativas inclusive uma vaquinha, a qual pouco arrecadou até a redação deste artigo.
Cuidados
Importante para síndicos, gestores/zeladores, condôminos e afins, prevenção é essencial para evitar casos extremos como esses.
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Fonte: Folha de Pernambuco / GloboNews