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Fachada de edifício desaba sobre carros e local é interditado em Fortaleza-CE

Parte da fachada de um prédio na Rua Lígia Monte, no Bairro Cocó, em Fortaleza, desabou e fez um buraco no subsolo do edifício, atingindo veículos que estavam estacionados no local. O Edifício Salinas foi interditado, e ninguém ficou ferido. Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar estão no local.

“O prédio já tem uma idade bem considerável e necessitava de manutenção. A gente observou que a fachada de um dos apartamentos veio a cair e veio a comprometer a parte do subsolo e atingiu dois veículos”, disse o coronel Marcos Gomes, do Corpo de Bombeiros.

Todos os moradores foram retirados do prédio. Segundo o coronel Gomes, pelo menos seis famílias moravam no edifício.

O local vai permanecer interditado para ser avaliado por técnicos da Defesa Civil de Fortaleza.

A queda da fachada ocorreu um mês após o desabamento do Edifício Andrea, também em Fortaleza, tragédia que matou nove pessoas. Sete pessoas foram resgatadas com vida sob os escombros da estrutura.

Fonte: G1

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Dívida de condomínio é direcionada ao proprietário atual, nova decisão judicial reforça o Propter Rem.

A 29ª câmara de Direito Privado do TJ/SP proveu recurso de construtora em embargos à execução de despesas condominiais.

O condomínio executou tais valores em face da promitente vendedora sob a alegação de que à época dos condomínios executados a construtora ainda estava em posse do imóvel.

Para a solução da controvérsia, a relatora Silvia Rocha lembrou no início do voto a tese repetitiva fixada pelo STJ no sentido de que a responsabilidade pelas despesas condominiais é de quem efetivamente tem a posse do imóvel, independentemente do registro do imóvel.

No caso em apreço, a unidade devedora foi compromissada à venda e a promissária compradora foi imitida na posse do imóvel em 26.3.14, com a efetiva entrega das chaves.

Passando, assim, à questão da ciência do condomínio embargado acerca da transação, a desembargadora observou que a prova dos autos leva à conclusão de que o condomínio de fato tinha conhecimento da alteração da titularidade do bem.

No voto, a relatora ainda observa que além de haver documento que indicava a ciência da transação, o condomínio deixou de comprovar a quem endereçava as notificações relativas à unidade:

Nenhum condomínio emite boletos ou convoca para assembleia quem não seja responsável pela unidade e, se o condomínio embargado não demonstrou que emitiu os boletos em nome da embargante nem que a convocou para as assembleias, na forma prevista em sua Convenção, como poderia ter feito facilmente, e, além disso, se não juntou cópia completa da lista de presença, o que faz presumir que a parte suprimida do documento informava a presença em assembleia do atual ocupante da unidade 73, a única conclusão possível é de que tanto os boletos como as cartas de convocação para as assembleias foram endereçadas à promissária compradora do imóvel, e que o apelado sabia que os direitos atinentes à unidade devedora haviam sido cedidos a ela.”

Assim, concluiu Silvia Rocha, embora a construtora figure como titular do domínio, o embargado tinha inequívoca ciência da transação envolvendo a unidade devedora, bem como quanto à alteração dos detentores dos direitos do imóvel em questão.

Reconhecendo a ilegitimidade da executada, os embargos foram julgados procedentes, com a extinção da execução em relação à construtora. A decisão do colegiado foi unânime.

O escritório Junqueira Gomide & Guedes Advogados Associados representou a construtora na causa.

Fonte: Migalhas